A Lenda de Scarborough
Capítulo 6- Mais Rebeldes
Henry escolheu alguns jovens para ficarem de vigia nos pontos mais elevados e avisá-lo urgentemente, caso alguém se aproximasse. Também preparou esconderijos onde poderiam se esconder, caso fosse necessário.
Dois dias depois, quando a tarde já caía, um dos jovens avistou um grupo que se aproximava da aldeia, por dentro da floresta. Ele assoviou como combinara com Henry, que não tardou a chegar ao local.
-Veja! –disse o rapaz – Há um grupo de pessoas se aproximando, mas não parecem soldados. Pelo contrário, estão desarmados, como se fossem apenas camponeses.
-Parecem mulheres e crianças –disse Ruan, que seguira o pai. - E aquele homem, que vem à frente, não me é estranho.
-Pode ser uma armadilha. – disse Henry. – Aguarde aqui, enquanto vou falar com eles.
Para surpresa de todos, os recém-chegados eram um grupo de camponeses fugitivos do castelo do senhor feudal. Vinham quase morrendo de frio. Henry os acolheu na aldeia.
Após se agasalharem e se aquecerem um pouco, eles começaram a relatar o que havia acontecido.
- Diga-nos - disse Henry apreensivo, como todos ao redor – Como vocês nos descobriram aqui?
-Assim que vocês fugiram a guarda do xerife e os soldados de York os procuraram em todos os lugares, mas não conseguiram localizá-los. Foi então que uma embarcação do Sacro Império naufragou próxima daqui – disse um dos camponeses, cujo nome era Robert. – Alguns guardas do xerife, juntamente com nova tripulação do Sacro Império, refizeram o percurso, costeando a Inglaterra, à procura de sobreviventes ou destroços do navio. Eles afirmaram ter visto um bando estranho de pescadores. A guarda do xerife deduziu que poderiam ser vocês, pelas descrições. Felizmente, o rei Henrique II precisou de soldados para conter alguns inimigos que querem derrubá-lo do trono. E com a guarda reduzida, Richard e o xerife não puderam procurá-los.
-Mas assim que eles voltarem, com certeza irão atacar. – acrescentou outro camponês – Não se fala em outra coisa no castelo.
-Se vocês sabem que vamos ser atacados, por que vieram se juntar a nós?– quis saber Arthur.
-Porque sabemos, que depois de tudo o que fizeram, vocês irão resistir e lutar pela liberdade que conquistaram. Pois, se forem presos só restará a forca ou a escravidão. Não temos medo de lutar, preferíamos qualquer coisa a continuar naquele lugar.
-Não somos um exército para enfrentar os soldados do xerife... Seremos massacrados-disse Frank.
-E nossos filhos pequenos?... E nossas mulheres?-perguntaram outros homens da aldeia, que ficaram assustados com as informações.
-Quando saímos da aldeia sabíamos que corríamos esse risco. Vamos pensar juntos, pode ter uma saída. –disse Henry
-Creio que temos uma saída – disse Bryan – O culpado por vocês terem sido descobertos fui eu. Mas podemos combatê-los.
-E qual é sua ideia? Quer que enfrentemos soldados fortemente armados?! –perguntou Arthur.
-Acho que ele pensa que é Robin Hood. –disse Frank.
-Calma! –falou Bryan com a voz firme- Vocês não percebem que temos grandes vantagens. De um lado estamos circundados pelo mar e por montanhas que favorecerão nossos esconderijos, e do outro há a floresta onde poderemos montar armadilhas.
-Mas não somos soldados... – retorquiu um homem do grupo.
-Embora não lembro meu passado, sei que luto muito bem. Se vocês permitirem, poderemos treinar e nos preparar para enfrentar os inimigos.
Resistir podia significar morrer. Não lutar seria retornar a escravidão ou a morte. No fundo, eles sabiam que não tinham outra opção. Todos decidiram lutar.
Capítulo 6- Mais Rebeldes
Henry escolheu alguns jovens para ficarem de vigia nos pontos mais elevados e avisá-lo urgentemente, caso alguém se aproximasse. Também preparou esconderijos onde poderiam se esconder, caso fosse necessário.
Dois dias depois, quando a tarde já caía, um dos jovens avistou um grupo que se aproximava da aldeia, por dentro da floresta. Ele assoviou como combinara com Henry, que não tardou a chegar ao local.
-Veja! –disse o rapaz – Há um grupo de pessoas se aproximando, mas não parecem soldados. Pelo contrário, estão desarmados, como se fossem apenas camponeses.
-Parecem mulheres e crianças –disse Ruan, que seguira o pai. - E aquele homem, que vem à frente, não me é estranho.
-Pode ser uma armadilha. – disse Henry. – Aguarde aqui, enquanto vou falar com eles.
Para surpresa de todos, os recém-chegados eram um grupo de camponeses fugitivos do castelo do senhor feudal. Vinham quase morrendo de frio. Henry os acolheu na aldeia.
Após se agasalharem e se aquecerem um pouco, eles começaram a relatar o que havia acontecido.
- Diga-nos - disse Henry apreensivo, como todos ao redor – Como vocês nos descobriram aqui?
-Assim que vocês fugiram a guarda do xerife e os soldados de York os procuraram em todos os lugares, mas não conseguiram localizá-los. Foi então que uma embarcação do Sacro Império naufragou próxima daqui – disse um dos camponeses, cujo nome era Robert. – Alguns guardas do xerife, juntamente com nova tripulação do Sacro Império, refizeram o percurso, costeando a Inglaterra, à procura de sobreviventes ou destroços do navio. Eles afirmaram ter visto um bando estranho de pescadores. A guarda do xerife deduziu que poderiam ser vocês, pelas descrições. Felizmente, o rei Henrique II precisou de soldados para conter alguns inimigos que querem derrubá-lo do trono. E com a guarda reduzida, Richard e o xerife não puderam procurá-los.
-Mas assim que eles voltarem, com certeza irão atacar. – acrescentou outro camponês – Não se fala em outra coisa no castelo.
-Se vocês sabem que vamos ser atacados, por que vieram se juntar a nós?– quis saber Arthur.
-Porque sabemos, que depois de tudo o que fizeram, vocês irão resistir e lutar pela liberdade que conquistaram. Pois, se forem presos só restará a forca ou a escravidão. Não temos medo de lutar, preferíamos qualquer coisa a continuar naquele lugar.
-Não somos um exército para enfrentar os soldados do xerife... Seremos massacrados-disse Frank.
-E nossos filhos pequenos?... E nossas mulheres?-perguntaram outros homens da aldeia, que ficaram assustados com as informações.
-Quando saímos da aldeia sabíamos que corríamos esse risco. Vamos pensar juntos, pode ter uma saída. –disse Henry
-Creio que temos uma saída – disse Bryan – O culpado por vocês terem sido descobertos fui eu. Mas podemos combatê-los.
-E qual é sua ideia? Quer que enfrentemos soldados fortemente armados?! –perguntou Arthur.
-Acho que ele pensa que é Robin Hood. –disse Frank.
-Calma! –falou Bryan com a voz firme- Vocês não percebem que temos grandes vantagens. De um lado estamos circundados pelo mar e por montanhas que favorecerão nossos esconderijos, e do outro há a floresta onde poderemos montar armadilhas.
-Mas não somos soldados... – retorquiu um homem do grupo.
-Embora não lembro meu passado, sei que luto muito bem. Se vocês permitirem, poderemos treinar e nos preparar para enfrentar os inimigos.
Resistir podia significar morrer. Não lutar seria retornar a escravidão ou a morte. No fundo, eles sabiam que não tinham outra opção. Todos decidiram lutar.