A Lenda de Scarborough
Capítulo 2- A Revolta dos Steve
Capítulo 2- A Revolta dos Steve
Milhares de estrelas reluziam no céu naquela noite de verão. Após o longo dia de trabalho a família de Lhya sempre se reunia em torno de uma fogueira para conversar.
Quando os irmãos mais novos, John e Sarah foram deitar, os pais de Lhya, chamaram Ruan e ela para perto, a fim de conversarem sem serem ouvidos, por quem quer que fosse que pudesse estar espionando-os.
As coisas não estavam fáceis. Cada vez mais os trabalhos na propriedade estavam forçados. Eles viviam quase que em escravidão.
Aquela situação não era justa. O que recebiam mal dava para comer, sem falar que o senhor feudal cada vez enriquecia mais. À medida que o tempo passava o senhor Richard estava se tornando mais e mais avarento. A estupidez e a maldade cresciam em seu coração.
-Meus filhos, - começou Henry com uma voz firme – a vida que vivemos não tem sido a que sonhei para nossa família. Somos pobres, mas temos direito a uma vida digna. Temos direito de sonharmos e mudarmos nossa situação. Durante muito tempo trabalhei para dar o melhor que pude a vocês. No entanto, cada dia que passa, sinto que estou velho e condenando vocês. O futuro de vocês será semelhante ao meu e isso não é justo.
Ruan quis falar, mas Henry fez sinal com as mãos que ia continuar.
-Estive conversando com os nossos vizinhos. Nós estamos pensando em fugir daqui. Qualquer lugar é melhor do que este. A dívida com o senhor feudal aumenta a cada ano. Quando Willian herdar o feudo não vai ser diferente... Talvez seja até pior.
Lhya quebrou o silêncio que se seguiu.
-Mas para onde iremos meu pai?
-Estamos pensando em seguir para o litoral. Arthur já morou em Scarborough e garante que conseguiremos sobreviver ali. A região montanhosa vai favorecer nosso esconderijo. Ele mesmo vai nos guiar, pois conhece bem o caminho. Já falamos com alguns camponeses e juntos decidimos partir. Só faltava combinar com nossas famílias.
- Pai!!! Essa idéia é a melhor coisa que já ouvi em toda minha vida – disse sorrindo o doce e aventureiro Ruan -Quando partimos?
-Será amanhã à noite, quando todos estiverem dormindo. Mas por favor, mantenham segredo. Não podemos ser descobertos.
Os últimos acontecimentos eram demais para alguém ter um sono tranqüilo naquela noite. No dia seguinte, discretamente, os preparativos foram sendo feitos. Olhos brilhantes e cheios de esperança traduziam o desejo daqueles que queriam ser livres. Trabalhar no feudo havia sido bom, mas isso foi há muito tempo, agora os pobres camponeses não passavam de degraus para os senhores chegarem ao topo de suas riquezas, aumentando as desigualdades entre pobres e ricos espantosamente.
Lhya deu um jeito de ficar escondida nas pastagens e não trouxe as ovelhas para o curral. Graças ao porteiro a ponte levadiça do castelo ficou abaixada. Foi incrível ver cerca de cinqüenta pessoas abandonarem o castelo no meio da noite, em busca da realização de seus sonhos. Quando o dia amanheceu, eles já haviam percorrido metade do caminho, por estradas estreitas em meio às florestas.
Enquanto isso em seu castelo, o senhor feudal descobria que seus melhores camponeses haviam fugido do castelo sem acertarem suas dívidas. Levando animais e coisas que segundo ele lhe pertencia. Organizou imediatamente sua guarda e foi procurar o xerife para fazer rondas nas redondezas e descobrir onde estavam os fugitivos. Eles não deveriam estar longe.
Mas, a verdade é que ninguém sabia do paradeiro dos camponeses.
-Revirem tudo – disse Richard – e quando encontrá-los, traga-os aqui. Terei uma boa punição para servir de exemplo a todo servo que se atrever a ser rebelde.
Willian, que estava ao seu lado, recordou que não tinha visto Lhya voltar com o rebanho na tarde anterior. Onde será que estaria ela?
O dia já estava no fim quando os ex-servos alcançaram o litoral. Não se aproximaram de Scarborough para não chamar a atenção.
Havia um trecho de floresta, bem próximo ao mar, no qual poderiam viver sem serem incomodados.
Não ia ser fácil. De lavradores passariam a exercer uma nova profissão. Só poderiam sobreviver da caça ou da pesca.
Mas não tinha problema. Eles já haviam chegado até ali. Dificilmente o senhor feudal conseguiria encontrá-los. Era melhor deixar as preocupações de lado e se concentrar em construir seu novo lar.
Quando os irmãos mais novos, John e Sarah foram deitar, os pais de Lhya, chamaram Ruan e ela para perto, a fim de conversarem sem serem ouvidos, por quem quer que fosse que pudesse estar espionando-os.
As coisas não estavam fáceis. Cada vez mais os trabalhos na propriedade estavam forçados. Eles viviam quase que em escravidão.
Aquela situação não era justa. O que recebiam mal dava para comer, sem falar que o senhor feudal cada vez enriquecia mais. À medida que o tempo passava o senhor Richard estava se tornando mais e mais avarento. A estupidez e a maldade cresciam em seu coração.
-Meus filhos, - começou Henry com uma voz firme – a vida que vivemos não tem sido a que sonhei para nossa família. Somos pobres, mas temos direito a uma vida digna. Temos direito de sonharmos e mudarmos nossa situação. Durante muito tempo trabalhei para dar o melhor que pude a vocês. No entanto, cada dia que passa, sinto que estou velho e condenando vocês. O futuro de vocês será semelhante ao meu e isso não é justo.
Ruan quis falar, mas Henry fez sinal com as mãos que ia continuar.
-Estive conversando com os nossos vizinhos. Nós estamos pensando em fugir daqui. Qualquer lugar é melhor do que este. A dívida com o senhor feudal aumenta a cada ano. Quando Willian herdar o feudo não vai ser diferente... Talvez seja até pior.
Lhya quebrou o silêncio que se seguiu.
-Mas para onde iremos meu pai?
-Estamos pensando em seguir para o litoral. Arthur já morou em Scarborough e garante que conseguiremos sobreviver ali. A região montanhosa vai favorecer nosso esconderijo. Ele mesmo vai nos guiar, pois conhece bem o caminho. Já falamos com alguns camponeses e juntos decidimos partir. Só faltava combinar com nossas famílias.
- Pai!!! Essa idéia é a melhor coisa que já ouvi em toda minha vida – disse sorrindo o doce e aventureiro Ruan -Quando partimos?
-Será amanhã à noite, quando todos estiverem dormindo. Mas por favor, mantenham segredo. Não podemos ser descobertos.
Os últimos acontecimentos eram demais para alguém ter um sono tranqüilo naquela noite. No dia seguinte, discretamente, os preparativos foram sendo feitos. Olhos brilhantes e cheios de esperança traduziam o desejo daqueles que queriam ser livres. Trabalhar no feudo havia sido bom, mas isso foi há muito tempo, agora os pobres camponeses não passavam de degraus para os senhores chegarem ao topo de suas riquezas, aumentando as desigualdades entre pobres e ricos espantosamente.
Lhya deu um jeito de ficar escondida nas pastagens e não trouxe as ovelhas para o curral. Graças ao porteiro a ponte levadiça do castelo ficou abaixada. Foi incrível ver cerca de cinqüenta pessoas abandonarem o castelo no meio da noite, em busca da realização de seus sonhos. Quando o dia amanheceu, eles já haviam percorrido metade do caminho, por estradas estreitas em meio às florestas.
Enquanto isso em seu castelo, o senhor feudal descobria que seus melhores camponeses haviam fugido do castelo sem acertarem suas dívidas. Levando animais e coisas que segundo ele lhe pertencia. Organizou imediatamente sua guarda e foi procurar o xerife para fazer rondas nas redondezas e descobrir onde estavam os fugitivos. Eles não deveriam estar longe.
Mas, a verdade é que ninguém sabia do paradeiro dos camponeses.
-Revirem tudo – disse Richard – e quando encontrá-los, traga-os aqui. Terei uma boa punição para servir de exemplo a todo servo que se atrever a ser rebelde.
Willian, que estava ao seu lado, recordou que não tinha visto Lhya voltar com o rebanho na tarde anterior. Onde será que estaria ela?
O dia já estava no fim quando os ex-servos alcançaram o litoral. Não se aproximaram de Scarborough para não chamar a atenção.
Havia um trecho de floresta, bem próximo ao mar, no qual poderiam viver sem serem incomodados.
Não ia ser fácil. De lavradores passariam a exercer uma nova profissão. Só poderiam sobreviver da caça ou da pesca.
Mas não tinha problema. Eles já haviam chegado até ali. Dificilmente o senhor feudal conseguiria encontrá-los. Era melhor deixar as preocupações de lado e se concentrar em construir seu novo lar.