Um jogo de azar com a morte.- Romance Policial - Primeira versão.
A primeira parte será o prólogo. A parti da linha começa o romance.
PRÓLOGO
O que você faria se alguém batesse em sua porta dizendo que é seu maior amigo, porém todo suado e sujo, vestido com o uniforme do exército nazista e com um sotaque português extremamente forte? E pior, dizendo que está fugindo da Alemanha e que nas últimas semanas estava escondido dentro de um navio cargueiro que acidentalmente parou no Brasil.
Meu nome é Marcelo Cortez, sou jornalista e até então escrevia para o jornal Diário do nordestino, na Bahia, onde eu morava com minha esposa e meu filho de apenas dois anos. Nós tínhamos uma vida normal mesmo sabendo que estava acontecendo um dos maiores massacres no exterior na Bahia; eu escrevia sobre economia, politica e sobre outras coisas, definitivamente uma vida consideravelmente normal, até que meu melhor amigo, que há vários anos não via, mas sabia que trabalhava em nome do governo inglês e que estava trabalhando em baixo dos panos no exterior como um tipo de embaixador em missões diplomáticas, mas tudo no final era uma mera mentira, naquela manhã de domingo de céu nublado a minha vida e de minha família iria mudar completamente.
Ao chegar em minha casa contou tudo, que ele não agia em simples missões diplomáticas, mas sim como um tipo de espião a serviço do governo da Inglaterra, que procurava ter informações e saber os próximos passos do exército nazista, mas teve que fugir da Alemanha poucos minutos após soldados nazistas descobrirem que ele carregava uma maleta repleta de explosivos e que estava perto de explodir da face da terra um dos maiores ditadores que já existiu. Após discutir com um soldado extremamente ariano, fugiu; quase explodiu com a bomba que ele mesmo carregava na maleta e destruir um hangar inteiro de aviões em sua escapada, porque atiraram no motor do avião em que ele estava e ele simplesmente atirou de volta acertando um tonel repleto de gasolina. Ao chegar perto de uma base dos aliados foi confundido e derrubaram o avião dele, ele teve que pular no mar e nadar até um navio cargueiro para se salvar, porém foi preso por aqueles que ele mesmo tentava ajudar, a marinha norte americana. Ele fugiu e nadou até um navio cargueiro, ele por acidente parou no Brasil, nadou até o litoral achando que estava perto dos estados unidos e ao perceber que tinha errado em milhares de quilômetros seu destino resolveu me procurar pedindo ajuda.
Nós o chamamos John Fox, seu nome completo é grande e complicado: John Churchel Von Fox, por isso o chamamos simplesmente de Fox. Havia anos que eu não falava com ele e de repente ele aparece batendo em minha porta, eu o acolhi em minha casa e o tempo passou. Poucos dias depois um grande empresário da indústria pediu sua ajuda, pois seu pai havia desaparecido e ele encontrou a solução, mostrando o verdadeiro culpado em apenas 101 horas. Essa informação viajou pelo país e as pessoas passaram a comentar, até que chegou aos ouvidos de um dos donos do maior jornal da capital, o Rio de janeiro, que me chamou para trabalhar lá quando descobriu que eu o ajudei e tinha escrito algo sobre aquele acontecimento e amaram, eles não queriam que eu escrevesse sobre nada que eu escrevia, mas sim algo novo e real que beirasse na ficção e o romance aceitei e fui morar em Petrópolis perto da capital do país Rio de janeiro.
Essa foi uma das nossas primeiras aventuras, certa vez já espionamos Adolf Hitler, já salvamos o presidente Getúlio Vargas, tivemos perseguição em trens e espero que não seja a última.
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Quem nunca jogou um jogo de azar ou um jogo qualquer, apostas rápidas, ganhando e perdendo algo, quem nunca passou dos limites e acabou sendo levado pela ganancia e a vontade de sempre ganhar mais?
Eu procuro Fox e o encontro dentro de seu carro lendo o jornal, eu estava todo feliz e sorridente, pulando de alegria com o convite que acabamos de ganha para um baile no maior cassino do Rio de Janeiro convidado pelo próprio presidente Getúlio Vargas. – Ora, por que está tão feliz, a guerra acabou? Perguntou Fox.
– Não, é quase melhor do que isso! Ganhamos um convite ilustre para um baile no cassino da Urca e ganhamos do próprio presidente por você ter salvado sua vida. Eu disse extremamente eufórico.
– Nossa que incrível, fantástico! Afirmou Fox.
– Isso não é realmente inusitado, Berenice e eu estamos muitos entusiasmados com isso! Eu falei.
– Sério? Mas que bom pra vocês, porque eu não vou! Disse Fox com a cara enfiada no jornal.
– Por que, não é incrível? Quando nós teremos essa oportunidade novamente? Falei desanimado.
– Você, eu não sei. Mas eu, quando eu quiser. Disse Fox.
– Não, não, não, Fox vai ir sim, ele irá prestigiar tal ocasião, eu irei para o baile e o senhor também irá com sua esposa senhor Marcelo e Fox também irá. Disse Sr.ª Elizabeth.
– Com licença, não me intrometendo, mas já atrapalhando a discussão dos dois, a senhorita vem a minha casa todos os dias, amontoa meu correio de cartas e ainda toma decisões em meu nome, sempre pedindo ajuda para matar seu marido. Mesmo a senhorita sendo a velha mais rica dessa cidade e provavelmente a mais rica desse país. Você poderia contratar o melhor assassino do planeta, mas vive enchendo meu saco, quantas vezes mais terei de dizer que não mato mais pessoas! E eu te pergunto o que eu tenho que a faz quer meus serviços em vez de qualquer outro? Perguntou Fox.
– Vocês são os únicos que me dão a devida atenção, meus filhos, meu marido e a maior parte das pessoas que conheço estão somente interessadas na minha fortuna! Vocês são os únicos que falam comigo sem querer nada em troca! Disse Sr.ª Elizabeth.
– Que profundo e triste hein? – Fox ouviu o que ela disse – Como você se sente agora? Eu falei.
– Comovido com a história, mas a minha resposta ainda é não! Respondeu Fox.
A grande noite chegou, eu estava completamente entusiasmado e fui verificar se Fox realmente iria ou se ficaria de criancice novamente.
– Marcelo tome a chave de Al Capone ,você pode ir com o meu carro, mas se aranha eu te mato. Disse Fox.
E para quem não sabe, Al Capone é um Chevrolet Special Deluxe de 1940, de cor preta com detalhes em mental cromado e acabamento em vermelho revestido em estofado de cores claras, o mesmo modelo que o mais famoso gângster ítalo-americano tem o Al Capone.
O carro fica no meio de sua sala em cima de uma placa de ferro preso por correntes até o teto que fazia o carro descer até a garagem para poder rodar pela cidade.
Eu começo a rir e falo:
– Tudo bem, se arranhar pode me jogar pela janela do carro.
– Não ria, estou falando a verdade, um aranhão por menor que seja e diga adeus a sua vida. Disse Fox.
– Tudo bem, mas como você vai? Eu perguntei.
– Eu dou meu jeito! Falou Fox.
– Então vai se arrumar vai, vai, você está demorando. Eu disse.
– Meu Deus mais um pra falar o que eu tenho de fazer. Falou Fox.
O Cassino da Urca fica, obviamente, na Urca no Rio de Janeiro. O edifício, situa-se na Av. João Luiz Alves, o cassino é frequentado por grandes nomes da política brasileira, alta sociedade, e celebridades internacionais. E entre os anos 1937 e 1940 Carmem Miranda se tornou artista exclusiva do Cassino, o que me deixou ainda mais contagiado com o lugar. O salão era repleto de luzes, a orquestra tocando lindas músicas ao fundo, o brilho dos cristais por todos os lados que podia ver as pessoas jogando o crupiê distribuindo fichas sobre um pano verde. As mulheres vestidas com vestidos longos e com certeza a minha era a mais linda da noite e os homens com seus esmoquins e ternos ansiosos para testar sua sorte nos jogos de azar.
Fox chega acompanhado por Elizabeth que estava com um longo vestido roxo e Fox com o cabelo penteado para traz, trajado de smoking e gravata borboleta, todas as atenções se voltaram para ele, o mais novo herói da pátria. A noite ia muito bem, todos se divertiam bebendo, apostando e dançando as belas músicas tocadas pela orquestra , eu encontro Fox sentado em uma mesa de aposta com uma camisa de manga longa, esmoquin aberto com suspensórios e com uma garrafa de Whisky apostando alto em fichas na roleta.
– Fox você não pode apostar todas as fichas de uma única vez, e se você perder? Eu falei.
– Se eu perder? Eu não perco, esse jogo é muito fácil, só são números e cálculos que podem ser resolvidos rapidamente e influenciar o jogo para que eu sempre ganhe. Eu fiz isso com as cartas e parei de jogar porque eu sempre ganhava e ficou muito chato. Falou Fox.
– Fox isso é ilegal você está roubando o jogo. Eu falei com raiva pelo fato dele nunca ter me ensinado a fazer isso.
– Sente-se aqui e aposte naquele número ali. Falou Fox.
Nesse exato momento o presidente Getúlio Vargas subiu ao palco para discursar e chamar nossos nomes; ao subirmos no palco as luzes se apagam e retornam rapidamente, em seguida ouvimos gritos curiosos, pessoas sem entender .
Imediatamente coremos para ver o que era. Em uma das mesas de jogo estava jogado o corpo de um homem com uma faca incrustada em suas costas. Uma das mãos em cima da mesa segurando um machado e na outra escrito “ Isso é o que acontece aos tiranos”.
Fox pergunta:
– Existe alguma outra ferida aparente?
– Não, somente as facadas. Eu respondi.
– Procure os documentos dele, identidade qualquer coisa que nos diga quem ele é. Falou Fox.
– Eu ponho a mão em um dos bolsos da calça dele e encontro uma carteira com a identidade do homem.
– Espere. Falou Fox, que pega um lenço em seu bolso e abre a boca do homem, ele retira algo e eu pergunto:
– O que é isso?
Ele abre e mostra.
– Uma carta. Disse ele.
– Esse seria um Reis de Ouros? Eu perguntei.
– Sim, isso é muito estranho, um machado em uma das mãos e em outra escrito “Assim que os tiranos morrem” e uma carta de reis de ouros na boca, com cerca de 23 facadas nas costas, isso seria muita coincidência ou o quê? Marcelo me diga o nome desse homem, seria Cesar? Perguntou Fox.
– Sim, mas como você sabia?Eu olho e respondo.
– Foi assim que o imperador Júlio Cesar morreu. Respondeu a Fox .
– O dia de nascença é 13 de julho de 1899. Eu falei.
– E hoje não seria 15 de março, seria ?Fox pergunta.
– Sim, hoje é dia 15 de março. Eu respondi.
– O machado geralmente simboliza a legiões romanas, a carta de ouros é justamente representada por Júlio Cesar e o dia 15 de março foi o dia em que Cesar morreu com certa de 23 facadas! Você saberia me dizer o que disseram ao matar Cesar ? Perguntou Fox.
– “Até tu, Brutos”, seria isso. Eu falei.
– Não, não, não, a vida de Júlio Cesar é repleta de mitos e lendas, na verdade famosa expressão imortalizada“ Até tu, Brutos” é na verdade de uma citação da peça Julius Cesar escrita por Shakespeare por volta de 1599. Na verdade o que disseram foi: “isso é o que acontece aos tiranos” que está escrito na mão desse sujeito. Falou Fox.
No fundo ouvimos o som da sirene do carro, a policia ao adentrar no prédio, o delegado Roberto Marinho, aquele sujeito gordo, baixo, de cabelo e barbas brancas com óculos pretos, suspensórios e sempre de camisa xadrez roxa com seu ajudante de nome extremamente complicado , com sotaque cearense magro e poucos centímetros mais alto entraram e o Delegado foi logo perguntando:
– Pelo amor de Deus você não pode sumir do mapa? Onde eu vou você está?
– É que eu gosto de atrapalhar sua vida. Falou Fox.
Em seguida a luz apaga novamente e retorna, no centro do salão um cavalo branco com uma corda presa em seu peito e no final da porta estava amarada em um pescoço de um homem vestido de farda militar. O cavalo, ao virar de costas sua calda, estava em chamas que rapidamente queimou e atingiu sua pele, ele ficou agitado e começou a correr em círculos, galopando em direção a porta, tentaram cortar a corda, porém já era tarde, o homem já estava sendo arrastado pelo chão. O cavalo, ao sair do salão bateu em uma das cortinas que instantaneamente começaram a pegar fogo. Fox corre com uma faca na mão. Delegado pergunta?
– Aonde você vai? Não tente fugir, seu psicopata.
– Salvar esse homem. Respondeu Fox que sai correndo atrás do cavalo e pega uma motocicleta Indian estacionada e foi atrás do cavalo que corria freneticamente pela rua. Ao se aproximar do cavalo, um carro vem em sua direção e Fox vira em uma esquina e ao voltar para a mesma rua que o cavalo estava, tenta cortar a corda com a faca, mas o cavalo começa a galopar ainda mais rápido. O homem, em seus últimos segundo, segura com todas as suas forças para tentar afrouxar a corda . Fox solta a moto e se joga montando no cavalo e tenta freneticamente cortar, ao rebentar a corda o cavalo invade uma loja e quebra o vidro, o homem bateu a cabeça violentamente na calçada e morreu em seguida com o impacto . Seguimos os rastros de sangue das costas do pobre homem e ao chegar vimos uma cena aterrorizadora: o cavalo parcialmente queimado, gritando de dor, o rastro de sangue no asfalto e a terrível cena de brutalidade com o individuo; no cavalo uma marca de uma carta Valete de Ouros. Vejo Fox sentado na calçada com as mãos cobrindo o rosto.
– Mas isso já não é um assassinato, isso é terrorismo. Eu conheço ele, seu nome é Heitor e era do exército, era estrategista. Falou o Delegado.
Ao se levantar Fox falou, olhando para o cavalo:
– Tróia!
– Como assim Tróia? O que Tróia tem haver com essa brutalidade? Eu perguntei.
– Você vê a marca no couro do cavalo? É uma carta de Valetes de Ouro e quem o representa é Heitor príncipe de Tróia e o cavalo. Fox é interrompido pela voz com um sotaque muito forte do ajudante do delegado:
– Olhe senhor o dono do cassino vem vindo aí e eu acho que pode ter haver sim, porque o dono coleciona um monte de cavalo de corrida .
– Obrigado pela informação !Afirmou Fox.
– Nesse momento o delegado puxou o braço do ajudante que reclamou e o delegado disse:
– Você está maluco dando informação pra esse sujeitinho desde que ele chegou eu sempre venho ficando em segundo lugar, minha pessoa também merece o respeito!
- E até aí concordo, mas senhor - Eu dizendo assim com todo cuidado - é meio difícil ser respeitado sendo tão arrogante, se achando com toda pompa e circunstância, como se fosse dono de Deus e do mundo. Falou o ajudante com toda a delicadeza possível.
– Como ousa? Falou o delegado.
– Calma, eu só falei a verdade! Disse o ajudante.
O dono do cassino chega e logo ao olhar para dentro da loja fala.
– AH meu Deus, não acredito este cavalo é meu; quem fez isso com meu cavalo? Ele é puro sangue, o melhor , o vencedor em todas as corridas.
– Boa noite , que pode não ser tão boa assim, meu nome é John Fox gostaria de saber se o senhor conhece alguém capaz de cometer tal brutalidade? Perguntou Fox.
– Boa noite senhor Fox , meu nome é Fernandes Rodrigues. Não, não, eu não sei, talvez alguém que estivesse incomodado com o cassino ou pelo cavalo sempre vencer as corridas, não faço a menor ideia. Construí um império de jogos e agora acontece isso quem poderia fazer isso? Falou o Dono do cassino.
– É isso que queremos descobrir. Eu falei.
– Tenho uma leve impressão que os dois atos estão correlacionados, ambos tinham um símbolo, as cartas , este homem que aqui está morto, como já disse antes, se chama Heitor era Príncipe de Tróia e, como pude ouvir de suas próprias palavras, o senhor construiu um império de jogos e o cavalo é um de seus maiores prêmios, o Cassino representa Tróia um império grande e poderoso e o cavalo o fim de seu império alguém quer destruir aquele lugar! Falou Fox
– Isso significa que haverá mais? Eu perguntei.
– Sim, talvez não hoje, mas em breve devemos voltar agora, antes que outro seja morto. Respondeu Fox.
Ao entramos um grande tapete com a imagem de Damas de Pau, que antes não estava, vou até minha esposa que diz:
– Ainda bem que voltaram, agora pouco a luz tinha desligado e quando voltou o tapete estava lá.
– Damas de Paus? Elizabeth I da Inglaterra. Não Marcelo, aonde está a Sr.ª Elizabeth? Perguntou Fox.
– Não sei. Disse eu.
– Ela é a próxima. Falou Fox.
As luzes se apagam e ao retornar lá estava ela pendurada no lustre central, presa por uma corda amarada no pescoço, amordaçada e inconsciente; Fox sobe em cima do palco e sobe em meus ombros e corta a corda.
– Ajuda? Perguntou um Homem de terno e gravata.
–E o senhor quem seria? Perguntou Fox.
– Eu sou sócio desse lugar . Respondeu ele.
– E o senhor está aqui desde do começo disso? Perguntou Fox.
– Sim! Mas me diga quem está fazendo isso? Perguntou Ele.
– Ainda não sabemos . Respondeu Fox que pega uma garrafa.
– Senhor, seu braço está pegando fogo. Falou o sócio.
– Obrigado por avisar , isso acontece muito, eu tenho combustão espontânea. Falou Fox batendo no braço para apagar; ele olha para o ombro do homem e vê um fio brando, era parte da calda do cavalo e parte da manga de seu palito queimado. O dono do cassino bate nas costas de Fox e diz:
– Termine logo com isso e vai embora, você não tem mais tempo. Disse o dono do casino.
– Então pare de desperdiçar o meu! Falou Fox.
As luzes se apagam e, ao retornar, em cima do palco estava uma estátua de uma mulher com um elmo na cabeça, uma armadura em sua mão e em outra uma lança . Nas costas de Fox uma foto de mais uma Carta do baralho, uma Dama de Espadas.
– Fox, suas costas. Eu falei. Em seguida ele tira o casaco e fala:
– Dama de espadas a estátua é Atenas, deusa grega da sabedoria, das artes e da estratégia , sabia que os romanos a chamavam de Minerva e que a lança em sua mão não significa guerra mas sim uma estratégia de vencer?
A luz começa a piscar e Fox diz perto de mim:
– Já sei quem é o assassino!
– Quem é ?Eu perguntei.
– Ele está perto, o próximo serei eu! Aliás tem um isqueiro aí ! Falou Fox.
Fox pega sua pistola e caminha até o meio do salão com a arma escondida nas calças, com uma garrafa de Whisky na mão e na outra o isqueiro.
Enquanto ele bebia as luzes se apagaram, Fox põem o isqueiro na frente da boca e cospe o Whisky, que pega fogo clareando grande parte do salão atrás de Fox, aparece um vulto de um homem com um machado na mão, com uma roupa e capa preta cobrindo seu corpo e parte de seu rosto. Quando o homem iria acertar sua cabeça Fox saca sua arma e dá um tiro no ombro esquerdo e segura seu braço dando uma coronhada em seu ombro; aponta a arma para seu rosto, as luzes são ligadas. Fox puxa o capuz e para espanto de quase todos que lá estavam tirando Fox não era outro concorrente do casino ou alguém tentando se vingar de alguma corrida de cavalo que perdeu a aposta, mas sim o próprio dono do casino, senhor Fernandes Rodrigues.
O delegado rir e fala:
– Rá, tão de brincadeira comigo, porque ele faria isso com ele mesmo?
– Eu devo admitir que você é um ótimo assassino, mas um péssimo ator meu caro, toda essa licença poética para matar, mas errou muito e para responder sua pergunta, porque ele fazer isso consigo mesmo o próprio admitiu ter praticamente construído um império, mas impérios caem e as vezes vem de seus reis!
– Mas ele parecia ser um homem tão bom, sempre bem arrumado, comendo e bebendo as melhores coisas, cheio de classe e boa aparência . Falou o Delegado.
– Dizem que não devemos julgar um livro pela capa , então, não julgue um homem por sua aparência , mas pelo seu caráter. Então não julgue esse homem pelo o que ele parece ser, mas sim pelo o que ele fez hoje aqui. Devo acrescentar que por um breve segundo pensei que o caro sócio deste local fosse o assassino quando eu vi sua manga queimada e fios brancos da crina e da calda o pobre cavalo, mas percebi que ele estava perto do cavalo enquanto ele pulava e rodava , assim que o fio parou em sua roupa e o queimando na manga; foi quando o próprio tentou de alguma forma apagar as cortinas em chamas, quando o cavalo extremamente agitado saiu correndo em direção a porta e acidentalmente bateu na cortina! Eu não sei se foi muito claro, mas estou falando para prender esse homem agora . Disse Fox.
No dia seguinte Fox lê o jornal e diz:
– Prenderam ele, mas o soltaram.
– Isso será um problema para você? Eu perguntei.
– Talvez um dia. Falou Fox.
Fim?
Por enquanto!