O Perfume do meu Sertão- O faroeste brasileiro (Segunda parte).

12 Capítulo

José Augusto aponta sua arma para Fausto e o clima fica quente no meio do princípio de um temporal.

José Augusto: Fedelho de uma cabrita! Você se esqueceu com quem está mexendo!?

Fausto: Não estou nem um pouco preocupado... velho esclerosado! Quero lavar minha honra com o seu sangue!!!

José Augusto: Teria a coragem de carregar o fardo da morte de seu próprio pai, sobre suas costas!?

Mesmo com as palavras de seu pai, Fausto não perdeu tempo, e deu o primeiro tiro. José Augusto pra se proteger pulou atrás de uma velha carroça e também começou a atirar, os barulhos de tiros se misturaram aos estrondos provocados pelos trovões no vasto céu.

Fausto atira e é atingido de raspão na perna.

Fausto: Seu desgraçado!! me atingiu...

José Augusto: Eu disse pra não brincar comigo seu rato!

Fausto: Rato é seu pai!!!

Um raio cai em uma árvore perto de José Augusto e Fausto aproveita esse momento e atira no velho. E acerta em cheio bem no peito do criminoso, fazendo assim um grande espetáculo de sangue por todo lado.

O velho ladrão cai aos poucos e se espalha no chão feito um saco de batatas, desacreditado que seu filho realmente teve a coragem de enfrenta-lo.

Fausto aproxima-se de José Augusto, sentindo um grande prazer e ao mesmo tempo estava chocado com o próprio animal que lhe habita.

José Augusto: Que orgulho... meu filho provou ser um homem...

E fechou os olhos para o mundo selvagem.

Nesse instante, Fausto ouve o trotar de vários cavalos e viu o bando de José Augusto se aproximando rapidamente. Mesmo com a perna ferida, o bandido não pensou duas vezes... fez um sinal da cruz por respeito ao cadáver e pulou no lombo do cavalo.

Os criminosos do bando começam a atirar em sua direção, mas não conseguem pegar Fausto que galopa pra longe dali.

O grupo de ladrões é composto por cinco homens e uma mulher, muito bonita por sinal. Com os cabelos loiros e longos desce de seu cavalo e para em frente ao cadáver... era filha de José Augusto, Mariana.

Mariana: Quem foi o infeliz que teve a coragem de matar meu pai!?

Bandido: Eu vi com esses os olhos, que a terra há de comer! Foi o seu irmão mais velho... Fausto.

Veio se vingar de vosso pai!

Mariana: Ele não sabe o que fez... assinou sua sentença de morte!

Quero a cabeça desse imundo nas minhas mãos!? Vocês entenderam?

A jovem pistoleira era muito nova, mas já sabia manusear bem um revolver. Tinha o crime correndo em suas veias, em seu currículo já tem vários assassinatos. Está sedenta por vingança e olha o cadáver do pai estirado no chão, seus olhos brilham e saem faíscas!

A moça beija a mão de José Augusto e limpa a lágrima em seus olhos.

Mariana: Eu vou me vingar o senhor meu pai... juro pelos céus!!!

E se não cumprir com esse juramento, que os seus desabem sobre mim!!!!

A chuva aperta e um relâmpago ilumina os céus, anunciando um novo capítulo sobre as terras do sertão.

Jacira lava a roupa na beira do grande rio e ouve as trovoadas vindas do horizonte.

Jacira: É... parece que o céu tá bravo!

Vitória: Vai cair uma chuva daquelas. Melhor enxaguar essa roupa e irmos embora...

Jacira: Vou esfregar essa última camisa e já vamos.

Jacira esfregando a camisa branca, começa a sentir uma dor muito forte e sente a sua bolsa estourar!

Jacira: Vitória, minha amiga... a minha bolsa estouro!