PPaixão proibida

Rio,24/02/14

NONA PARTE

Patrícia estava no volante em alta velocidade quando, Seu Irineu a viu e mandou o motorista ir ao encalço dela. Percebeu que algo havia acontecido de muito grave para está naquele estado. Conseguiu fechar o carro dela e saiu abrindo a porta do carro da futura nora:

_ O que é isso, filha enlouqueceu foi? _ Tocou nas franjinhas dela erguendo-a, com cuidado.

Havia ido ao restaurante Comida Mineira e encheu a cara:

_ A última coisa que faltava da conduta moral, do seu filho perfeitinho, Sogrinho. _ Risos frenéticos: _Como se não bastasse à dançarina do ventre da pousada, ele agora enfiou o anel de família no dedo de um rapaz alegre..

_ Como é?

_ Isso mesmo, que o senhor ouviu. E se quer saber vou agora mesmo falar com meus pais, para retirar todos os bens desta empresa fajuta de vocês, que nunca andou sozinha.

_ Patrícia, espera aí, não pode levar as coisas para este lado.

_ O senhor está defendendo seu filho é._ Tonta soluçava:

_ De jeito nenhum, querida, acontece que você tem que ir pra casa, esfriar a cabeça e depois, ter com o Sergio uma conversa definitiva.

_ Ele já definiu tudo comigo, quando falava com a tal dançarina e enfiava o anel no dedo daquele rapaz alegre. O Eduardo Freitas de Andrade, Seu Irineu.

Resolveu junto ao motorista levá-la em casa. Pediu que a entregasse nas mãos dos pais, enquanto iria à pousada ver de perto isso tudo. Usaria o carro dela em busca do acontecido e depois o encontraria na casa dela, onde deixaria seu automóvel.

E quando na pousada chegou Sergio, conversava com Seu Evilásio e Luísa Carla sobre o noivado. Seu Evilásio não queria ceder a mão da moça de forma nenhuma quando Seu Irineu chegou para interromper a conversa.

No quarto da pousada, Lorena sentia enjôos e ânsia de vômito vindo a ter desmaios consecutivos. Dona esmeralda chamou o médico que a atendeu e disse:

_ É algo grave doutor? _ Perguntou Gertrudes preocupada.

_ Nada demais senhoras, tenham calma. Finalmente, o sonho de Lorena foi concretizado.

_ O que?! _ Ar de surpresa de ambas enquanto Luísa Carla espiava na porta:

_ Lorena está grávida se não tiver enganado.

Ela se ergueu devagar e meio incrédula:

_ Jura doutor?

_ Os sintomas garantem isso, mas é necessário que vá ao médico fazer os principais exames, pois, na sua idade trata-se de uma gravidez de risco. Quantos anos você tem Lorena?

_ Trinta e três.

_ Eeeeeeeh! Fizeram os amigos de Luísa Carla aplaudindo a tia dela.

Dona Esmeralda não cabia em si de tanta felicidade. Iria levar para Mãe Quita um presente por seus serviços terem feito um milagre.

Como era impaciente sua filha. Desde os quinze anos de idade após o baile de debutantes, já preparava o noivado e só foi se casar aos dezoito anos. Antes mesmo do casamento havia feito todo o enxoval tanto para menino como para menina. E assim, viveu toda sua vida, pondo o carro na frente dos bois.

Luísa Carla apareceu na porta do escritório reconhecendo a voz do pai de Sergio que brigava com ele por causa do assunto na tal casa onde estava, quando falava com ela naquela manhã:

_ A Patrícia entendeu tudo errado e ainda enfiou a faca na mão do rapaz que eu estava ajudando.

_ Deixa de hipocrisia que tu bens sabe que este rapaz destruiu uma família. _ Disse Seu Irineu causando torpor em seu Evilásio.

_ E você espera que eu aceite que você seja noivo da minha filha tendo uma conduta indesejável dessas?

Luísa Carla meteu a mão na porta e defendeu a reputação de Sergio em nome do amor que sentia por ele. Mais forte que tudo:

_ Vai ter que aceitar papai.

Entreolharam-se confusos. Seu Irineu se dirigiu a ela meio atônito:

_ Você não ouviu dizerem que meu filho estava com um rapaz?

_ Não me interessa isso. E quanto a Patrícia, ela entendeu as coisas como bem quis.

_ Você não vai ficar com esse homem porque eu não quero e pronto. _ Ditou o pai dela.

_ Acontece, que eu vou ter que ficar com ele sim, porque o senhor não vai querer que sua filha seja mais falada do que já é, com a dança do ventre e agora, porque estou grávida.

Seu Evilásio ficou possesso de raiva enquanto Seu Irineu abriu enorme sorriso. Sergio quase caiu para trás mediante notícia.

_ Grávida, filha?

_ Sim, Seu Irineu. Estou grávida, e se não disse antes, é porque não tinha certeza.

_ Sergio meu filho! Você vai me dar um neto. _ O abraçou enquanto o moço a olhava intrigado: _ Um filho, tem idéia do que significa isso. Farei uma festa lá em casa e desde já se sintam todos convidados.

Evilásio ficou perplexo com a atitude do pai de Sergio. Ou era louco ou se fazia de idiota. Pagou a moça pelo braço quando saíram e a sacudiu exigindo explicação. Luísa gritava apavorada com o modo brusco de o pai lhe tratar. Dona Gertrudes foi ver do que se tratava e a pousada sempre cheia, ainda mais àquela hora da noite. Luísa Carla estava grávida. E passou-se três meses sem que Seu Evilásio trocasse uma palavra com mãe ou filha.

Lorena passava pouca e boa com Leonel após Evilásio ter dito como ela conseguiu engravidar. Discutiam muito e até chegou a bater nela em alguns momentos, apesar de seguir a risca as determinações médicas. Patrícia havia desequilibrado as finanças da família Almeida Albuquerque, retirando o valor estimado das ações que asseguravam o desenvolvimento da empresa. Seu Eurico não deixou que ela mexesse com a fazenda, desmembrando os animais e terras que compraram juntos. O que não abalou totalmente, a família.

Quando Eduardo soube que Luísa Carla estava grávida e o filho era de Sergio piorou ainda mais seu relacionamento com seus pais. Depois do acidente que o vitimou. Seu Januário prometeu colocá-lo na rua. Dona Semíramis não deixou que fizesse isso, apesar do rapaz continuar nas andanças, da vida.

No clube era jogada porta afora quando o dinheiro acabava. Exigia que Sergio lhe desse dinheiro cada vez que não podia ir vê-lo por causa da gravidez de Luísa Carla e dos preparativos do casamento, que nunca chegava e seu Evilásio já andava tiririca da vida com seu desrespeito. Luísa Carla havia inventado uma gravidez para segurar Sergio. E usava artifícios na barriga para mostrar-se grávida. Usava-os tão bem feito, que ninguém desconfiava nem seus colegas.

Seu Evilásio chamou Sergio para uma decisão:

_ Então, quando vai sair este casamento?

_ Estive lutando para reerguer minha empresa que a Patrícia fez o favor de quase levarmos á ruína senhor Evilásio.

_ Pelo que soube não foi tão difícil assim, vocês se levantarem.

_ De certo modo o senhor tem razão. Tínhamos algum investimento e contatos dos colonos que chegaram a nossa fazenda. Só que agora, ela quer parte da fazenda que o pai dela comprou junto com meu pai.

_ Dê a ela o valor em dinheiro. Simples assim.

_Não entendeu que ela não quer facilitar nada. E vai fazer de tudo para me prejudicar. Sergio estava tenso demais com os apuros de Patrícia sobre ele e não via a hora de se casar com Luísa Carla e acabar com tudo isso. Mas, e o Eduardo.

DÉCIMA PARTE

_ E você, também não. Agora, o que não pode é deixar minha filha na mão. Portanto, trata de resolver logo isso.

_Amanhã mesmo resolverei isso.

Além disso, precisou fazer viagens para o Exterior a fim de realizar negociações sobre a fazenda. Fora a falta de cuidados com assuntos habituais.

A polícia chegou à pousada para deter Sergio. Todos os hóspedes se levantaram curiosos. Seu Evilásio e Dona Gertrudes ficaram sem chão.

_ Sergio Almeida Albuquerque.

_ Sou eu senhor.

_ O senhor está detido.

Ficou pálido quando Luísa Carla apareceu na janela do seu quarto que dava para frente da pousada:

_ Pedofilia.

_ Atuado pelo artigo 241- b crime qualificado pelo artigo baseado no estatuto da Criança e do Adolescente.

_ Eu não fiz nada. Quem me acusou.

_ Tudo que disser será usado contra você, vire-se para trás e mãos na cabeça.

Dona Gertrudes ficou penalizada e olhou para Luísa Carla receosa que o assunto fosse com ela:

_ Espere seu polícia. _ pediu ela: - Quem o acusou.

_ O senhor Januário Freitas De Andrade por aliciamento do menor, seu filho ao uso de droga e por portar em seu e-mail fotos de sexo explícito.

_ Tenho direito de falar com meus advogados.

_ Lá na cadeia fará isso. Leva o elemento.

Tanto seu Irineu como Dona Zoraide ficaram encantados com a idéia da gravidez de Luísa Carla. A jovem foi ao médico e contou com o apoio do mesmo, contando a ele o que estava passando. A princípio se negou a concordar com a idéia da moça. Luísa Carla chorou e esperneou afirmando que fazia isso por amor. E se não fosse à gravidez inventada, o pai nunca deixaria que ela noivasse com Sergio por conta da fofoca que rolava em torno dele e de Eduardo. O médico ficou sensibilizado por ela, mas a fez jurar que ia contar, durante aquele tempo que passou tudo. Luísa Carla imitava todos os sintomas da tia. E seguiu a mentira adiante. No passo que crescia a barriga de Lorena a dela também.

O Padre recebeu a notícia com certa tristeza. Volte e meia cobrava de Sergio uma reparação, pois não pretendia deixar a jovem desamparada. Sergio se desentendeu com o padre em muitas ocasiões, interferido por Dona Gertrudes que chegava com a moça na igreja, para que ela se acalmasse quanto às reações da gravidez impossível de lidar.

Sergio não entendia os motivos que levava o padre a se meter num assunto que não era dele. Chegou a ameaçá-lo entregá-lo pra polícia caso não assumisse o compromisso, mas sem pai o filho de Luísa Carla não ficaria.

Estava aguardando o advogado na cadeia quando se lembrava disso tudo. O Padre. “Será que foi o padre quem o denunciou?”

Universitário, residência fixa e sem antecedentes criminais, veio o habeas corpus. E o pagamento da fiança para responder em liberdade sem o direito de sair do país fosse para o que tivesse que ser. Precisava fechar um negócio em Barcelona. E agora detido não podia mais. O homem que ia fechar os negócios rentáveis com ele mandou um telegrama cancelando o compromisso.

Seu rosto estampado nos jornais, motivo de escândalo nas ruas de Visconde de Mauá. Sergio saiu da cadeia com o pai:

_ Era tudo que eu não merecia meu filho um escândalo dessa natureza. Já não bastava a sua insanidade se envolvendo com esse rapaz, tinha que por em e-mail, suas safadezas.

_ Não fui eu que fiz isso pai.

_ Sergio, francamente.

Fotografava ele queriam entrevista:

_ Quantos anos tinha o rapaz com quem o teve um caso.

_ Oras me deixa em paz! _ Empurrou a câmera e saiu entrando no carro batendo a porta.

“Ah Eduardo, você me paga!”

Patrícia lhe prometeu o prometido como troca das fotos do e-mail de Sergio lhe deu o dinheiro para custear as drogas.

_ Muito bem rapazinho. Formidável!

_ Fica sabendo que só fiz isso porque você disse que me ia por na cadeia.

_ Pode deixar o Sergio vai entender.

_ Vagabunda.

Foi embora batendo a porta do restaurante. Sergio deixou o pai e entrou num táxi indo até o restaurante quando o encontrou saindo de lá:

_ Espera aí seu cara de pau. _ Pegou violentamente seu braço: _ O que estava fazendo aí no restaurante da Patrícia?

_ Ai, Sergio.

Havia sido proibido sequer de se aproximar dele sob condição de regime fechado:

_ Anda Eduardo eu não tenho tempo a perder.

_ Foi a Patrícia.

_ O que?

_ A Patrícia me obrigou a te entregar prometendo me enfiar na cadeia por causa da droga. _ Mostrou a ele os papelotes de cocaína.

Sergio quase teve um siricotico. Pegou Eduardo e enfiou no táxi que o esperava e saíram dali. Patrícia viu da janela muito enfezada:

_ Você é um burro mesmo. Não está vendo que ela vai usar isso contra você. _ Disse Sergio no carro. O motorista olhava a conversa e movia a cabeça.

_ Ah eu estava com raiva de você por causa da gravidez da Luísa Carla. Aliás, bem espertinha passou a perna em nós dois.

_ Futuramente, você ia entrar na da Patrícia para atingir a Luísa Carla é.

_ A culpa de tudo isso e sua, por ter enganado Patrícia esses anos todo. Iludiu-me e aposto como engana essa daí.

_ Eu não enganei nenhum de vocês, são vocês quem fazem a maior confusão na vida alheia.

_ Você disse que ia me dar uma casa. Que eu ia ter tudo o que quisesse. E olha como eu estou.

_ Você está assim, por causa dessa porcaria, Eduardo. Prometeu-me que ia largar isso. E até agora está se afundando cada vez mais. Estava tentando te ajudar e você criou falsas ilusões porque quis. Eu amo a Luísa Carla.

_ Mentira sua. Na cama você não disse isso pra mim.

_ Pra onde vocês vão? – perguntou o motorista encucado com o teor do assunto: Posso saber ou vou ficar rodando feito peru de natal.

_ Poço das Antas moço tenho uma casa lá.

_ vai me dar à casa rosa. _ Abriu enorme sorriso esquecendo tudo.

Chegaram lá e correram para a cachoeira na parte mais rasa, determinado ponto ás águas puxavam, pois a correnteza era forte. Havia casos registrados de tromba d’água e há alguns passos dali se via o barracão de Mãe Quita.

Depois do banho de cachoeira de como Sergio corria atrás dele esquecendo os infortúnios entraram em casa. Bonita casa de duas salas enormes três grandiosos quartos, dois banheiros e um dos quartos o do casal era suíte. Nesta havia uma hidromassagem qual encheu e jogou pétalas de rosas e os sais para ficarem juntos. Pegou no frigobar o vinho. Ouviam a música fazendo amor e sentindo prazer ao toque da pele arrepiada.

“O amor de bela é infinito... Edward é seu destino...

DÉCIMA SEGUNDA PARTE

O tempo da música fez o amor mais gostoso do mundo. Sergio o pegou no colo e o rodopiou enquanto ele se acabava de rir da forma como o conduzia no meio de toda a safadeza que trocavam suando os corpos e caindo no chão tomado por imensa exaustão.

Lorena levou Luísa Carla na casa de mãe Quita porque a moça sentia muitos enjôos e ânsias de vômitos e foi aproveitar para ver o que diziam os búzios a seu respeito.

Luísa Carla Caio Marluce Egídio Gabriela Igor e Felipe Estavam na porta conversando sobre Eduardo:

_ Todo mundo já bateu nele. _ Disse Gabi: _ Até eu bati nele. Portanto, isso de apanhar do pai dele é o de menos por causa do que apronta.

_ È mesmo Luísa Carla. _ Contava Igor: _ Lá no Educandário Bom Pastor onde o estudamos, fez a maior fofoca com o professor e um aluno cdf que não quis quebrar a dele porque não estudou pra prova.

_ Eu me lembro dele, era metido pra caramba se achava. E não tinha merda na bunda pra defecar. _ Disse ela.

_ Agora está aí, não bastasse destruir a tal família, ainda vai meter o seu noivo na maior encrenca. _Murmurou Felipe.

_ Já o enfiou. _ Moveu a cabeça incompreendida: - você não viu que o Sergio foi acusado de Pedofilia?

_ Luca, o seu pai pode também vir a fazer isso caso o Sergio não case com você. _ Admitiu caio.

_ Ou mesmo o padre> _ Assentiu Marluce continuando

E o padre andava bastante chateado da vida. Luísa Carla já não se interessava pelo catecismo como antes e as carolas da igreja não queriam que ela dessa aula estando de barriga, sem casamento consumado.

Nem o padre nem Mãe Quitam menos ainda o pastor eram os culpados da evasão de suas casas religiosas, normalmente, acontecia por intermédio dos fiéis obreiros e filhos de santo que se aborreciam com os demais e seus inúmeros problemas, tentando colocá-los dentro dos rigores da fé.

Dona Esmeralda foi na igreja naquela tarde de sábado para saber por que Fabiana não se fez presente para sua festa e o padre estava atendendo uma confissão. Dona Esmeralda sentou-se no banco próximo á saída e ficou atrás de duas fiéis que conversavam sobre a prisão temporária de Sergio:

_ Então, Dona Carlota a moça está grávida e só tem catorze anos. Segundo soube o filho é desse rapaz que foi acusado de pedofilia por ter abusado do tal rapaz. Aquele que me parece, destruiu uma família tão bem apessoada.

_ Esses jovens estão perdidos no mundo. _ Falava Dona Miúda. _ Senhora de estatura mediana com véu sobre a cabeça: _ Não sei o que os pais fazem da educação, que dão a eles. Segundo soube por bocas pequenas, estava numa festa na casa da menina Marluce Alvarenga Peixoto, sem os pais da moça presente, E até quem não era de cheirar cheirou.

Dona Esmeralda sabia que o teor do assunto era sua neta Luísa Carla. Então, a jovem neta fez uso de droga como Lorena suspeitou. E agora como resolver isso? Como saber se ela também, não continuava usando e ainda por cima estando grávida.

O padre terminou de receber a fiel e foi falar com Dona Esmeralda:

_ Sinto muito Dona Esmeralda, mas a única coisa que consegui, foi uma missiva enviada por ela.

A carta dizia que não podia vir, pois estava preparando o altar do convento e preocupada com a reforma de um dos quartos, qual o teto desabou desde as últimas chuvas. E seu envolvimento no convento era tão cheios de compromisso que agora mesmo, iriam receber um grupo novo de freiras para a Congregação Apostólica Nossa Senhora da paz.

Dona Esmeralda ficou sentida com o descaso da filha e recebeu para o almoço apenas Dona Gertrudes.

Lorena estava no terreiro e quando Mãe Quita jogou os búzios, disseram a ela muito empalidecida:

_ Cuidado Dona Lorena. Há perigo lhe rondando em torno dessa gravidez.

_ Não posso mãe. Não posso deitar para o santo e arriscar o meu casamento.

Tornou a jogar os búzios:

_ Ele já está encomendado. _ Disse ela afoita:_ Ela pode se salvar, mas isso lhe trará tantos danos querida. Como precisava que você recolhesse para se fortalecer.

_ Nem minha mãe se importa, mas se o padre insistir é capaz de envolvê-la e ela se recuar também. _ Lorena moveu a cabeça aturdida: _ Do que a senhora está falando?

_ Você tem uma afilhada? E ela corre perigo de vida. Deve ser feito um trabalho para ela também.

Mãe Quita passou a lista para que Lorena se dedicasse de todo o material, no mesmo tempo que Sergio e Eduardo discutiam e Luísa Carla ouvia os gritos dele vindo da casa rosa:

_ Meu pai me bateu e eu não tenho porque mentir quanto a isso. _ Seu Januário o obrigou denunciá-lo por abuso sexual:

_ Mas, você mentiu quando me entregou para á polícia por assédio, qual sabe que não ouve. Partiram de você todas as investidas.

_ E você, bem que gostou seu cafajeste!

Pegou-o pelo braço lhe fazendo exigências, depois de ter lhe dado a casa rosa de papel passado:

_ Você vai retirar esta queixa contra min. Porque eu te dei a casa como prometi.

_ E você vai e fica com aquela, lá.

_ Aquela lá, é a mulher que eu amo, ponha isso nessa cabecinha oca. _ Dobrava o braço dele com a outra mão apontando-lhe a cabeça.

_ Você vai destruir a minha vida Sergio. _ Soluçou vendo que Luísa Carla entrava pressuposto que tudo estava aberto:

_Ser... Ser... Sergio!

Estavam seminus e a moça tapou a boca horrorizada notando que eles transaram á noite toda. Os amigos de Luísa Carla foram atrás e surpresos disseram:

_ Ai, Dudu, mais somando desgraça!_ Igor caia na risada.

_ Quem mandou vocês entrarem aqui?

Vestiu o roupão ordenando que fossem embora:

Eduardo gritou que a casa pertencia a ele e não queria ninguém lá, metendo o bedelho. Luísa Carla ficou furiosa com o que acabou de ouvir:

_ Quantas vezes, você disse que nesta casa moraríamos nós dois depois que casasse comigo?(Ah eu não sei como ficar sem...)

_ Luísa Carla, meu amor eu posso explicar. _ Movia as mãos numa atitude desnorteada:

_ Comigo fez sexo em qualquer lugar e com este traste, você da à casa que me prometeu. Maldito desgraçado!

Avançou nele lhe dando várias tapas na cara:

Eduardo era de uma baixeza sem dó e acabava com a paciência de qualquer pessoa quando lhe disse aos berros:

_ Nota-se o quanto você é importante pra ele.

Luísa pegou as roupas novas que ele comprou e atirou tudo pela janela com tanta força que algumas sacolas foram parar no rio:

_ Me dá minhas roupas, sua otária.

_ Para, Luísa Carla e Eduardo! Vocês vão acabar se matando, socorro!

Quebraram o abajur, derrubaram quadros e Lorena entrou na casa seguida dos amigos da afilhada no instante que Eduardo apanhou tanto de Luísa Carla que fora de si pegou o revólver na cabeceira e atirou, acertando Lorena quando a moça se atirou no chão. Os amigos de Luísa Carla retornaram e correram atrás de Eduardo que ainda trazia o revólver em seu poder. Outras vezes que foram para a casa rosa levou a arma que comprou com o dinheiro que Sergio lhe deu por medida de proteção.

DÉCIMA TERCEIRA PARTE

Luísa Carla socorreu a tia que estava em seu colo> Sergio ficou com dó do ocorrido e se aproximou chorando muito:

_ Desculpe Lorena. Desculpe a minha insensatez.

O tiro pegou no braço dela de raspão. Mas temia perder a criança já contando três meses, sem que soubesse e o trabalho de Mãe Quita resolveu:

_ Desculpas não irão salvar o meu sobrinho desta pouca vergonha que você causou.

_ Ai minha mãe oxum, segura meu filho!

Chorava segurando a barriga sentindo que ia desfalecer quando Mãe Quita e seu ogã chegou para socorrê-la. Mãe Quita olhou para Sergio furioso:

_ Você viu o resultado de sua insensatez, moço.

_ Não podia adivinhar que o Eduardo trazia uma arma aqui.

_ Você, não devia nem está com ele depois de ter sido atuado pelo crime de pedofilia.

_ Por falar nisso, cadê o rapaz, Mãe Quita? _Perguntou o ogã olhando para os lados quando ouviram a confusão entre os jovens e ele no andar debaixo da casa:

_ Me dá esse revólver Eduardo_ Pedia Gabriela nervosa e cheia de medo.

_ Se eu der vocês vão me juntar.

_ Era o que você merecia por ter atirado na tia da Luísa Carla seu animal. _ Disse Marluce enquanto Igor e Caio tentavam devagar se aproximar e desarmá-lo prevenindo: _ Não vê que ela tem problemas de gravidez.

Igor e Felipe se entreolhavam e davam mais um passo:

_ O tiro era para ser dado na Luísa Carla. _ Tremia tenso demais:

_Pelo visto você não presta nem para isso_ Disse caio vendo alguns filhos de Mãe Quitam entrarem quando ele se distraiu e Igor o pegou por trás e Felipe deu uma tapa nas mãos dele. O revólver disparou na direção de Marluce e a jovem caiu desacordada.

_ Aaaaaaaaa! Gritaram ele e Gabriela acudindo à jovem ensanguetada:

Eduardo lutou com eles e o revólver saiu sendo chutado. Os filhos de Mãe Quitam conseguiram pegar o revólver e o atiraram no rio. Eduardo aproveitou para correr antes que a polícia chagasse, pois a ambulância estava na porta da casa rosa para levar Lorena e agora eram duas.

Os médicos saíram trazendo a maca:

_ Mãe Quita, meu filho, Mãe Quita!

Luísa Carla sentia fortes dores abdominais. A gravidez de mentira começava ter conseqüências verdadeiras quando chegaram ao Sistema Único de Saúde de Visconde de Mauá as pressas.

Mãe Quita pegou o telefone e ligou para o irmão de Lorena, pai de Luísa Carla:

_ Alô. _ Atendeu uma voz feminina da secretária: `È da Pousada das Flores?

_ Sim, senhora é daqui mesmo. _ Todos olhavam para mãe Quita vestida de branco e seus ogãs e alguns filhos que lhe acompanharam mais para estarem ciente, do assunto:

_ O senhor Dos Santos Castilho está?

_ Quem deseja?

_ Mãe Quita de Oyá.

_ Um momentinho, por favor. Passou o telefone para ele. Meio encafifado atendeu ao telefone, pois a conhecia de nome?

_O que a senhora quer comigo? Se for para me convencer a aceitar que a Lorena... _ Foi interrompido pelo modo seguro qual lhe falou:

_È sobre ela sim, senhor. Ela foi ferida e está aqui no hospital e sua filha também, está passando muito mal.

_ Eu avisei a Lorena que esse lugar não ia lhe trazer nada de bom.

_ Pra seu governo senhor, não foi a minha casa de santo o palco da matança. Foi uma casa próximo de lá e quem atirou nas duas, foi um rapaz que tem problemas com drogas.

_ Problemas com drogas é Mãe Quita! _ Disseram os filhos de santo levando um fora quando tapava o telefone:

_ O que não é da conta de vocês. Voltem para o barracão e vão procurar o que fazer.

Evilásio procurava por ela fora de controle:

_ Dona Quita, a Luísa Carla também foi atirada?

_ Não senhor, só a Lorena que levou um tiro de raspão no braço e a jovem Marluce em estado grave.

_ Santo Deus o Leonel vai ficar uma fera quando souber. Onde vocês estão?

_ Campo da Misericórdia Praça, Visconde de Mauá.

_ E a Luísa Carla como ela está?

_ Sentindo dores por causa da... da... da... _ Mãe Quita achou melhor falar pessoalmente, com o pai da moça os motivos do atentado. Uma hora depois chegou ele e a esposa aos prantos.

_ Cadê a Luísa Carla Mãe Quita, por favor, o que sabem dela?

_ Mãe Quita Gertrudes. Você também está aderindo a essa corja de famigerados?

_ Não é hora para isso Evilásio?

_O Médico ainda não veio falar nem sobre a Lorena senhora. Aquele rapazote é um louco e saiu atirando, se não fossem meus filhos de santo, entrar na casa rosa teria atirado muito mais.

Igor Felipe Caio e Gabriela chorava por causa de Marluce quando o Senhor Peixoto chegou. Era um homem de aparência nissei um tanto enfezado que não cumprimentou ninguém e foi direto, procurar o médico que a atendia exigindo explicações. A mãe de Marluce era igual a ela. Uma senhora bem vestida.

O médico veio falar com a família. Lorena tinha uma gestação de três meses. Por ser muito magra não aparecia logo a barriga. O susto da bala na perna a fizera perder o bebe. Lorena chorava sentida com a imprudência de vida de Luísa Carla metida com um homem daquela estirpe.

_ Não chore mais minha querida.

_ Como pode ser isso, Mãe Quita?

Dona Esmeralda correu no hospital para vê-la e lhe encher de mimo sem saber que não foi o seu almoço por estarem numa tremenda enrascada. Luísa Carla estava realmente, grávida e os médicos confirmaram a morte de Marluce Alvarenga Peixoto aos dezesseis anos de idade por parada respiratória, quando a bala atravessou-lhe o peito e atingiu o pulmão.

O pai da moça jurou vingança e o enterro na manhã seguinte aconteceu ás dez horas na Santa casa da cidade.

Os jovens levaram o caixão da moça aos prantos. Lu´´isa carla carregava o buquê de rosas e ao chegarem no local acompanhados por um cachorro que seguia o cortejo se depararam com Fabiana. Surpresa de todos inclusive de Dona Esmeralda que a abraçou com todo mimo:

_ Filha, que bom você veio.

_ Era a melhor amiga de Luísa Carla mamãe. Não podia deixar de lhe trazer estes préstimos.

O Padre pediu silêncio rezando uma missa de corpo presente. Jogaram rosas no buraco e flores de diferentes estações. A mãe chorava e o Seu Peixoto se manteve irredutível. Dona Gertrudes comentava com Dona Miúda que o pai da moça era de uma falta de educação formidável. Frio e calculista seu olhar parecia o de gente que matava rindo. Nenhuma palavra e com a mão gélida recebia o cumprimento, como quem quisesse se vir livre daquela situação indesejável.

A família católica não permitiu que o povo de mãe Quita acompanhassem o enterro ficando eles na entrada do cemitério. Mãe Quita ficou sentida, mas, entendeu o desespero da família por perder a filha mais nova do casal de três filhos.

DÉCIMA QUARTA PARTE

Não era o momento para prologar discussões sobre intolerância religiosa, mas, iria às rádios, falaria com o prfeito da cidade para permitir uma passeata contra isso. A vida de Lorena foi posta em risco e de Luísa Carla ainda sofriam violentas ameaças revelavam seus búzios, quando decidiu ir pro barracão.

Tanto uma como a outra precisavam dos seus serviços e pelo visto ambas as famílias não iriam aceitar. Sergio estava com os dias contados. De um lado o pai de Eduardo de uma hora para outra. Do outro lado a demência de Patrícia cujo pai a colocou numa clínica de repouso para controlar os nervos depois, que quebrou o restaurante, inteiro numa crise deliberada, ao ver Sergio ir embora com Eduardo no dia que lhe deu as drogas e o dinheiro para que o incriminasse.

Seu pai considerou esta atitude uma violação dos Direitos Humanos. E poderia pegar cadeia por injúria e defamação. Apesar dos erros envolvendo as drogas, o rapaz em questão era menor deidade. E se ele a entregasse...

Patrícia estava louca da vida contado três meses depois da morte de Marluce.

Antes de falar de Patrícia. deixa eu explicar o que aconteceu com Eduardo.

Tivera chegado à casa todo machucado. Contou ao pai e a mãe o que fez vítima do assédio forçado de Sergio. E para desespero de seu Januário a morte da moça. Não podia deixar seu único filho ir parar atrás ds grades no meio de um monte de homens. Eduardo teve crises. Contou aos pais que Sergio lhe tomou as drogas e o fez com que acreditasse que ele era o êxtase e o jovem o usuário para não usar a química. Seu Januário pensou em procurar Sergio e o matar. Dona Semíramis não permitiu e achou melhor fugirem para outro lugar.

Então correram mais quatro meses e já faziam sete. Eduardo estava numa clínica que o pai conseguiu com auxílio da nova igreja qual ía em Itaatiaia.

Já não procurava as drogas. Porém, sentia falta de Sergio que levou uma surra do pai por conta do papel desonroso qual fazia. Procurar por Patrícia e pedir ajuda para não responder por seus atos. Patrícia continuava apaixonada por ele e seu Eurico não aguentava mais seus ataques de nervos. Patricia fugiu com Sergio para a Espanha sob pretexto dele não ir para a cadeia onde responderia sob regime fechado.

Luísa Carla foi enviada para o convento e ficou sob os cuidados de Fabiana que a tratava com todo o mimo do mundo. Posto que o susto damorte de Marluce lhe trouxesse agravantes para uma gestação de riscos.

A Interpol estava no encalço de Sergio e Patrícia e em tudo que é aeropoto e hospedagens eram procurado por intervenção dos Alvarenga peixoto que não desistiam de enfiá-lo na cadeia.

Luísa Carla pediu a tia Fabiana que a levasse de volta, pois pretendia ter seu filho em casa onde nasceu

_ E porque você quer voltar? Não está gostando de ficar aqui?

_ Saudades do Sergio tia.

Fabiana sabia que ele tinha fugido. Como adorava as histórias de amor impossível. Não podia julgá-lo se quando nova teve seus envolvimentos:

_ Sabe querida, não acho certo você ficar criando expectativa em cima desse rapaz. Seu pai me disse que o português se casaria com você e aceitaria seu filho. Melhor que a criança nasça sem pai.

_ O Sergio é o homem que eu amo. Está certo que ele é todo errado. Mas, o amo tia. A senhora não faz idéia.

_ Faço sim, querida. Acontece, que se esse moço gostasse de você um tantinho assim, viria te buscar aqui, e até me enfrentaria. _ Puxou-a com carinho acariciando sua barriga enorme:_ Já pensou se ele vem aqui e diz:_Rapunzel jogue suas tranças, vim lhe capturar.

_ há...há...há...há!

Sergio não fez isso o que ela tanto desejava, mas voltou para visconde de Mauá. Pois pretendia vê-la na semana seguinte que estava de novo com os pais. As dores prosseguiam e os cuidados médicos eram necessários. Fabiana não podiamais segurá-la no convento.

Não era justo seu sobrinho nascer numa prisão. Porque a vida não lhe abençõu com essa felicidade, não poderia querer o mesmo para a sobrinha querida. E como era querida de Luísa Carla.

Por medo não escutou a mãe quando devia. Talvez agora não estivesse enclausurada. Perdendo o melhor da vida ao rever-se na flor da idade da sobrinha. Havia esquecido até o seu rosto de tão parecidas.

Mãe Quita a procurou assim que ela chegou à pousada. Disseram que Fabiana não era tão intransigente como Evilásio.

_E Luísa Carla como está?

_ Acabou de entrar.

Fabiana olhou-a cima o baixo em suas vestes brancas, colares no pescoço. Talvez aquela prática religiosa indicasse que também teria se entregado aos deuses por desilusão amorosa. Semelhante ao seu hábito, contudo enorme cruxifixo amarrado na cintura. A mãe de santo era uma mulher bonita de aparência brava:

_ Vim lhe falar sobre a Lorena, sua irmã.

_ Sim, eu já soube que a Lorena procurou seus serviços para garantir a gestação.

_ Infelismente...

_ Não é culpa da senhora, nem minha menos ainda da Lorena dona? _ Moveu a cabeça pergutando-lhe a graça:

_ Quitéria de Azevedo. Ou Quita para aos mais íntimos. Quita de oyá.

Fabiana ficou sem jeito:

_Nem desse pobre rapaz quem estão acusando querendo linchá-lo. A culpa é de quem a alicia nesse meio e os envolve de tal maneira, que acabam se tornando escravos das drogas e fardo pesado para á sociedade.

_ Concordo com a senhora. E falo o mesmo em palestras quais visitam e dão no meu barracão. Meus filhos andaram desencaminhados, mas, graças aos trabalhos e o susto da morte dessa pobre menina se endireitaram. Tomaram gosto pelos estudos e procuram trabalho.

Fabiana estava de braços cruzados escondidos na manga:

_ Noto que a senhora é uma mulher maravilhosa por isso.

_ No entanto, devo ressaltar que minha preocupação é com a Lorena e a Luísa Carla. Sei que a senhora não entende essas coisas, mas, a moça e a tia correm perigo de vida. Disseram os meus búzios. E preciso que façam os trabalhos para se livrarem da morte que está no seu encalço.

_ Sei bem do que se trata senhora. Não posso concordar com nada disso porque hoje vivo na casa de Deus. Mas, afianço-te que não me oporei a nada, que for feito para ajudá-las.

Nem poderia interceder junto a Leonel. Com certeza, pois impediu Lorena de voltar lá. Mãe Quita estava preocupada sem saber o que fazer e a coisa estavam se aproximando do caminho das duas, como rastilho de pólvora. Outras vidas poderiam ser atingidas ou então, a delas mesmo.

O padre foi conversar com seu Eviásio sobre a criança que pretendia entregar a adoção e por amoça no convento:

_ Não vê que desse jeito, vai piorar ainda mais as coisas para sua filha.

A ausência de Sergio a fez ficar doente de paixão o que prejudicava a gravidez sendo obrigada daí em diante os acompanhamentos médicos

Enquanto isso.

Foi seu Eurico quem localizou a filha e ordenou que ela voltasse alegando que a deserdaria. Num jato particular da família pousaram num aeroporto clandestino e foram para a casa dela:

_ Sergio, você não vai atrá da Luísa Carla. _ Gritou ela nervosa:

_ Não esqueça que ela está esperando um filho meu.

ÚLTIMA PARTE

Lembrou-o que estava casado com ela. Sergio nem acreditava que ia aturar Patrícia para o resto da vida. “E se os pais dela não lhe quisessem com ela? Como ia fazer?

_ Sergio me dá a chave da casa rosa.

_ Da casa rosa?

_ Sim da casa rosa, quero ver como está depois de tudo que aconteceu lá. Ou esqueceu que essa casa foi meu pai quem nos deu.

Sergio ficou pasmo lembrando que dera a casa para Eduardo:

_ Não tenho mais a casa porque eu a dei pro Eduardo.

Achou melhor enfrentar a fera e o pai dela que aparecia do lado de fora:

_ Como é seu filho de uma puta!

_ Não precisa vir com esses termos de baixo nível. _ recebeu um soco na cara

_ Papai, o Sergio agora é meu marido.

Ia estourar ele de pancadas quando a ouviu dizer isso:

_ O que?! Você teve a coragem de casar com esse troço?

_ Esse troço é meu marido.

_ Que deu a casa que eu comprei para outro homem. Olha aqui, Patrícia entra agora se não quiser que eu mande prender você por andar com um foragido.

_ Papai, o Sergio, é meu marido e eu o amo.

_ Acabou! Entra! _ Se dirigiu a ele: _ E você dê o fora daqui, antes que eu pegue meu revólver e acabe com você.

Os amigos de Patricia encontraram Eduardo na estrada vendendo a compota de sua mãe:

_ Eduardo como você está bem, depois de todas as desgaças que aprontou na vida alheia hein. _ Felipe.

_ Eu estou limpo e agora ajudo meus pais. _ Disse ele sendo rodeado, tremia de medo:

_ Uma hora dessas na rua, muito suspeito. _ Risos: _Gabriela ameaçou ligar para á plícia:

_ Qual é Gabi, você tá querendo me ferrar é?

_ Você ferrou com a vida da Marluce ai, me solta marginalzinho de araque!_ Pegou-a pelos cabelos.

Recebeu uma bofetada na cara. Correram atrás dele e entrou no veículo que o levou de volta á Visconde de Mauá. Gabriela disse que isso não ficaria assim. Ia acabar com Eduardo.

O padre tentava a todo custo amenizar o coração de seu Evilásio:

_ Deixe a criança com a Lorena pelo menos.

_ E ela o enfiará na macumba. Não padre a Luísa Carla tem que voltar aos estudos. Se tornar responsável. Crescer.

_ Fico com ela na igreja, filho. Ela dará aula de catecismo. Como antes.

_ As fiéis não deixarão. É a lei natural das coisas. Não é sua culpa, padre. Não estou aqui para entrar em confronto com ninguém.

Eduardo chegou de õnibus na cidade ao mesmo tempo em que Sergio chegou á pousada para falar com Luísa Carla que apesar de está casado com patrícia não deixaria seu filho desamparado. Logo que o ônibus abriu Eduardo foi arrastado para a rua pelos amigos de Luísa Carla que o pegaram numa tremenda surra:

_ Para, me solta eu não fiz nada com vocês.

Chutes, socos pontapés e pisões. Aproximaram Sergio dele que os eparou com muita dificuldade:_ Aaaaaaaaaai!

_ Para com isso, violência não nos leva a nada.

Todos da pousada foram para o lado de fora, sobretudo Luísa Carla reconhecendo a voz de Gabi gritando:

_ Por culpa da vadiagem de vocês dois a Malu morreu injustamente. Os pousadistas tentaram aclmá_la e o padre se aproximou levantando Eduardo do chão que chorava aflito:

_ Eu me arrependi, eu me arrependi.

_ Mentira tua, seu borras botas._ Gabi.

_ Chega, Gabriela!

_ Se arrependeu tanto que me enfiou a mão na cara. _ pegou o pedregulho para tacar nele. Seu Evilásio e vários homens a seguros impossíveis controlar sua ira quando Luísa Carla abraçou Sergio no meio da confusão:

_ Meu amor que ssaudades eu estava de você!

_ Querida eu não podia ficar sem te ver.

_ E o que você prometeu pra min seu cachorro. – Eduardo.

O Padre o conteve protegendo-o dos demais, quando os tiros assustaram todos que correram e acertou Luísa Carla e Sergio em cheio. _ “Tem coragem de mentir na cara do padre.”

_ Luíííísa! _ Gritou Dona Gertrudes vendo a filha cair nos braços de Sergio que já estava morto.

_ Mãe, mãe eu tô abortando mãe.

_ Esperem afastem-se todos. Pediu o padre largando o rapaz que aproveitou para se mandar.

_ Nhé,,,nhé... nhé... Choro de criança nascendo no meio daquela tragédia.

O Padre chorou muito vendo a moça ensanguentada. Mistura de sangue de vida com o da morte. Arrepiava-se Mãe Quita que via ali o espelho da vida de Eduardo só de olhar para ele no dia que acertou Lorena ainda acamada sem poder andar e matou Marluce. Eduardo nasceu de um relacionamento do pai com uma empregada de casa de família. Por ser desamparada na vida e ser da macumba a tratou muito mal diversas vezes, o que causou o nascimento dele ás presssas no meio da estrada, durante um acidente, causando a morte da mãe.

Lorena estava no hospital com a mãe quando Dona Esmeralda se arrepiou por inteiro:

_ Nossa! Que pressentimento horrível filha. _ Olhou o relógio. Os ponteiros marcavam pouco mais que 13h00min da manhã horário que todos estavam em volta dos corpos a espera do socorro médico. Dona Gertrudes, e mãe Quitam faziam tudo para trazer a criança ao mundo com cuidado, pois iria decerto para a incubadora, mais rápido possível.

Leonel se aproximou mais da esposa depois do acidente grave que a vitimou:

_ Como vai Dona Esmeralda, somente agora consegui ser liberado da academia porque há pessoas que malham no horário da noite.

_ Sei disso meu filho, espero que faça compahia a Lorena. Aconteceu algo de muito grave na porta da pousada.

Puxou-o próximo da porta e ficaram sabendo pelo rádio ligado no corredor do hospital. Leonel e Dona Esmeralda trocaram copioso olhar. Quando ouviu o nome da neta desmaiou. Leonel chamou o enfermeiro á paisana e este a socorreu verificando a pressão que subiu.

A bala que atingiu Lorena pegou numa veia impossível de se retirar o que mobilizou para sempre suas pernas. Somente, na cadeira de rodas poderia voltar a andar.

O enterro impressionou todos quando viram que a data de aniversário de Sergio e Luísa Carla era idênticos dia e o mês exceto o ano."Ah esse amor é bem maior que tudo... e por amor não posso enfrentar o mundo..." Tocava o celular de Luísa Carla e de Sergio que ficou sobre a mesa da capela onde estavam seus corpos Como previu Mãe Quita estavam destinados um ao outro até na hora da morte. Seu Evilásio recebeu com dó a notícia que Lorena ficara aleijada. Quando passou três meses levou o neto para que ela cuidasse como se fosse seu filho fazendo as pases. O menino lindo recebeu o nome de Luís Vitório. Porque sobreviveu aquilo que poderia ser sua morte.

Patrícia enlouqueceu depois do enterro de Sergio e os pais a internaram. Quanto a Eduardo. Sua mãe morreu de desgosto com mais uma desgraça que ouviu do rádio de casa. o jovem na realidade morre perseguido numa emboscada pelas pessoas que fizeram justiça em nome da morte que causou e do aleijamento. Eu mudei a história.

O pai o expulsou de casa e fez outra família com outra mulher e o próprio Eduardo conheceu um homem com quem foi viver feliz para sempre.

Mae Quita realizou a passeata tendo Lorena e a criança no colo como principal peça do assunto. O que causa a intolerância religiosa na vida das pessoas e o uso das drogas como acaba com vidas.

FIM

AGRADECIMENTOS:

U... Nsacimento, morto por suicídio em função da droga.

U... Farias Morto por um tiro nas costas ao fugir de quem pretendia matá-lo por ter aleijado um e causado a morte de outro ( Usuário de droga)

M... Paulo dos Santos morta como queima de arquivo.

P P. Dos Santos baleados por amigos do trabalho motivo intolerância serviçal.

V... Mendonça. (morta na itreja após fazer um depoimento de fé em Jesus.

E... Barros de Meneses. ( Baleada dentro de casa filho usuário de droga e foragido da plícia.

L... Soares de Souza Radialista morto do coração em consequência do cigarro.

Ajudaram-me a contribuir com esta história baesado em fatos reais. Em nada o caso deles têm a ver com o que escrevi mas a forma como morreram serviram de auxílio para a construção da obra.

O uso de droga não trás benefício para ninguém.

A intolerância religiosa é o caminho mais rápido para evasão da fé.

A gravidez não programada cusa sérios danos a quem dela dizpõe de forma irresponsável.

Dirigir embriagado causa danos a saúde do trãnsito.

Violência gera violência não se deve juntar as pessoas porque é covardia.

Não se faz justiça com as próprias mãos, pois o seu vem a caminho.

Dinah Costa
Enviado por Dinah Costa em 23/02/2014
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