AMOR BANDIDO - CAP. 016
CENA 01/ HOTEL/ SUÍTE MAGNUS/ INT./ NOITE
Continuação imediata do capítulo anterior.Arlan diante de Magnus.
ARLAN – Eu aceito a proposta Magnus. Eu volto com a Aléxya, mas apenas pela grana e pelo poder.
Feliz em ouvir aquilo Magnus não perde tempo e dá um abraço no genro.
MAGNUS – Arlan você não faz ideia do quanto estou feliz em ter aceito minha proposta. Vou ligar agora mesmo pra Aléxya contar as boas novas.
SÃO PAULO – SP
CENA 02/ MANSÃO SCARION/ SUÍTE ALÉXYA/ INT./ NOITE
Aléxya completamente eufórica a falar pelo aparelho celular:
ALÉXYA – Aceitou! – diz euforicamente – Eu sabia que ele aceitaria papai! Conseguimos! Agora passa o telefone que quero falar com ele. Deixa-me falar com o Arlan, papai. Estou louca pra ouvir a voz do meu lindo.
Há um momento de silêncio antes de Magnus dizer:
MAGNUS – O Arlan não quer falar com você agora Aléxya. Disse que mais tarde ele mesmo irá te ligar pra vocês conversarem sobre os preparativos do casamento e tudo mais.
ALÉXYA –Tudo bem então… Avise-o que ficarei aguardando sua ligação. Digatambém que pretendo me casar o quanto antes com ele. Que ele vá se preparando.
MAGNUS – Certo minha filha. – diz o empresário antes de concluir a ligação.
RIO DE JANEIRO – RJ
CENA 03/ CASA RUBINA/ SALA/ INT./ NOITE
Rubina diante de Alyne.
RUBINA – Alyne minha filha, você não acha melhor contar de uma vez por todas ao Arlan que você está esperando um filho dele?
ALYNE – Mãe, me escuta: estou decidida. Irei revelar apenas durante nosso casamento na igreja. Como já disse quero emociona-lo ainda mais. Quero o pegar o Arlan de surpresa.
RUBINA – Olha Alyne, sinceramente, eu não acho uma boa ideia. Sabe, algo dentro de mim, um sentimento, sei lá, me diz que você precisa contar a ele o quanto antes.
ALYNE – Mãe não vou mudar de ideia e ponto final.
RUBINA – Você que sabe Alyne. Faça como achar melhor. Respeito sua decisão. Mas você ainda não me disse: Já pensou em algum nome para o bebê?
Empolgada, Alyne diz:
ALYNE – Estive pensando. Se for menino quero que se chame Adrian.
RUBINA – E se for menina?
ALYNE – E se for menina, quero que se chame [...]
VILA MARIANA – SP
CENA 04/ BAR DO WALCYR/ INT./ NOITE
Reginária serve uma cerveja bem gelada à mesa em que Ônix e Ádones estão sentados.
REGINÁRIA – Aqui esta a cervejinha dos senhores executivos. Mas antes deixe-me apresentar: Eu sou Reginária Sthefanny Volckmann. Linda, poderosa e exclusiva. Ninguém vem a mim se não for bonito e rico by Reginária Sthefanny Volckmann. – diz sensualizando-se para os dois.
ÔNIX – Queria – referindo-se à Reginária – Não sei se você percebeu, mas não estamos a fim de conhecê-la. Aliás, não me lembro de ter perguntado seu nome muito menos o seu slogan.
REGINÁRIA – Eu não acredito que disse isso – diz histericamente – Eu acho que já entendi. O senhor tem inveja de mim.
ÔNIX – Eu? Inveja de você?
REGINÁRIA – Inveja de mim! – diz em alto de bom som – Só porque sou linda, poderosa e exclusiva. Beijinho no ombro que o recalque passa.
ÔNIX – É o fim da era mesmo.Olha querida, eu fosse você eu jamais me considerava linda, poderosa e exclusiva. E sim, pobre, gorda e feia.
REGINÁRIA – Perainda, o senhor está me insultado? Quem o senhor pensa que é?
ÔNIX – Como você é pobre, talvez não me conheça, mas eu sou filho de um dos maiores bilionários do Brasil e do mundo. Ônix Kuhn.
REGINÁRIA – Ata, e seu sou a Madonna.
Ônix retruca:
ÔNIX – Olha eu não vou discutir com você. Afinal de contas, não é culpa sua por não ter recebido educação.
REGINÁRIA – Ai não para. Olhe seu Ônixizi/
ÔNIX – É Ônix.
REGINÁRIA – (grita)ÔnixiziKú, quem não vai discutir com você sou eu. Sou uma figura pública e dailethi.
ÔNIX – Só vive dando mesmo.
Irritada e aos gritos (chamando a atenção geral):
REGINÁRIA – Escuta aqui se o senhor começar a me chigar serei obrigada a chamar a policia. Ou melhor vou chamar o corpo de bombeiro, a polícia marinha, ou melhor, o “bofe” dos estados Unidos, porque o que o senhor está fazendo comigo, me chigando, é agressão ao pudor.
Ônix perde a paciência com a piriguete e grita:
ÔNIX – Pelo amor da santa! Sinceramente eu não sei se você é doida ou está se fazendo. Sai daqui peste.
Ao perceber a confusão entre Ônix e Reginária, Walcyr entra em cena:
WALCYR – Reginária – grita – Já para o balcão.
REGINÁRIA – Não, antes me deixe/
WALCYR – Ou você volta para o balcão imediatamente ou eu demito você. – grita.
Sem outra opção, Reginária deixa o local, mas não perde a chance de soltar seu último insulto para o filho de Orlando:
REGINÁRIA – É isso que vou fazer, seu Walcyr. Não vou jogar porcos em pérolas.
WALCYR – Sinto muito pela Reginária, nos últimos dias ela tem aprontado todas aqui no bar.
ÔNIX – O senhor devia demitir esse tipinho de gente.
Walcyr se retira.
ÁDONES – Maluca. Então Ônix, pode continuar a falar.
ÔNIX – Depois dessa confusão toda nem sei onde paramos. Ah sim, lembrei… Como dizia doutor Ádones, sinto muito em ter convidado o senhor a sair comigo praticamente em cima da hora. Eu ia ligar antes, mas não tive tempo.
ÁDONES – Sem problemas doutor Ônix.
ÔNIX – Me chame apenas de Ônix. – sorrir.
ÁDONES – Tudo bem. Ônix – diz acompanhado de um sorriso.
ÔNIX – Sabe doutor Ádones, adoro meu nome. Lembra-me uma das mais importantes pedras de adorno e de uso terapêutico da Antiguidade. O senhor não sabe, mas vários povos tinham a tal pedra (ônix) como amuleto forte e poderoso. Os romanos, por exemplo, consideravama pedra de proteção, os gregos por sua vez acreditavam em poderes que a pedra tinha sobre o parceiro amoroso. Talvez você não saiba, mas o ônix está entre os amuletos mais utilizados pelos indianos contra magia negra de bruxaria.
Ádones ouve atentamente a explicação de Ônix. O vilão continua:
ÔNIX –Mas enfim, não estamos aqui para falar sobre a beleza do meu nome. Estamos aqui “a negócios”.
ÁDONES – Exatamente. – inclina-se para o filho de Orlando e diz – Do que se trata então.
ÔNIX – Bem… Já que você está trabalhando como substituto do Egídio eu queria colocar em evidencias alguns pontos fundamentais para o seu [...]
A conversa segue fora do áudio.
CENA 05/ MANSÃO KUHN/ ESCRITÓRIO ORLANDO/ INT./ NOITE
Orlando a trabalhar freneticamente em seu computador. Algo lhe faz pausar. Ele olha pra um de seus lados e começa a contemplar a beleza da mulher da foto do porta-retratos. Uma lágrima cai. Ele toma o porta-retratos e diz:
ORLANDO – Porque você me deixou. Por quê? – e começa a mergulhar em lágrimas e desgosto.
Simone entra com uma bandeja e diz:
SIMONE – Café doutor Orlando?
Ele pensa antes de dar a resposta e diz:
ORLANDO – Não. Obrigado Simone.
A empregada percebe tudo e diz:
SIMONE – O senhor sente muita falta dela não é verdade doutor Orlando?
Orlando responde emocionado:
ORLANDO – Eu não sei explicar o vazio que ela me deixou Simone. Samantha deixou uma cratera em meu coração. Porque Deus tinha que tira-la de mim. Ela era boa o suficiente para viver mais de 100 anos.
A empregada dá de ombros e diz:
SIMONE – Eu sinto muito pela dona Samantha doutor Orlando. Ela era uma mulher tão boa.
ORLANDO – Ela foi a primeira e última mulher que me fez feliz de verdade. Nunca vou esquecê-la. A Samantha deixou sua marca aqui – bate no peito m lágrimas.
FIM DO CAPÍTULO