CHORA O PAI
Aquele pobre homem na penumbra chorava.
Olhava sob as nuvens e ao Pai pedia, implorava
por aqueles povos inconseqüentes. Orava e perdoava.
Seu espírito divino flutuava...
Eram de lagrimas então aquele brilho
que refletia a luz do luar?
Mas quem era Aquele homem
Que olhando do alto, entrevia um mundo
Que não era aquele que seu Pai criara?
Nem mesmo os povos pelo quais um dia,
para salvar, Se sacrificara...
Vê um mundo qual Sodoma
Que não soube respeitar as Leis Divinas.
Como tantos outros, que através dos tempos
Não souberam honrar e respeitar o Seu martírio.
Por isso, Têm cintilando marcas de lágrimas
Que deslizam por Seu rosto sofrido,
Penetrando nos sulcos profundos
Que blasfemando a humanidade deixou...
Mostras de um sofrimento contínuo,
Pois mesmo que vivesse outras vidas
Seria novamente julgado e condenado
E seria na cruz novamente pregado,
Não importando em qual terra ou rincão,
Pelos mesmos que um dia o crucificaram.
Muitos outros, como dantes, lavariam as mãos...
Mas Ele, em sua benevolência, seca Suas lágrimas
E envolve em Suas carinhosas mãos os mesmos seres
Que contra Ele blasfemaram e sobre Seu nome tripudiaram.
E desce neste momento dos céus,
Tal qual uma chuva de estrelas,
A benção do Pai para todos, sem distinção.
É noite de natal !
Quando a estrela de Davi iluminar os corações,
Que a fé predomine e se faça luz entre irmãos.
Que renasça a paz, a esperança e o amor.
Que a humanidade encontre-se em todos os credos.
Que as várias raças dêem-se as mãos.
Que o nascimento festejado, neste momento único,
Seja para todos os povos,
motivo de jubilo e profunda meditação.
LCMordegane
©umvelhomenino