Simobologia do Natal
Natal vem do latim NATALE e significa o dia do nascimento.
A fixação oficial da data de 25 de dezembro, como dies natalis, foi determinada pelo Santo Padre Júlio I (Papa de 337 a 352) e o primeiro calendário de que se tem notícia a marcar como o Natal de Jesus é o de Filocalos, isto no ano de 354.
SÍMBOLOS NATALINOS
Com o decorrer dos anos foram surgindo diversos símbolos natalinos.
O menino Jesus, Filho de Deus, o Verbo Divino, é o principal símbolo do Natal. Sem a presença Dele, o Natal não se justifica, não tem razão de ser.
Entretanto, em torno de Cristo, o homem foi criando uma série de símbolos, uns justificáveis e outros não. Vejamos alguns:
PRESÉPIO em hebraico significa “a manjedoura de animais”, mas também o termo é usado frequentemente para indicar o próprio estábulo. A reconstituição da cena do nascimento de Jesus é remota. São Francisco de Assis montou um presépio com figuras esculpidas na noite de 24 para 25 de dezembro de 1223, na aldeia de Gréccio.
PAPAI NOEL é sem dúvida alguma, a figura mais atraente e popular do Natal. Tem origem europeia e é o personagem mais explorado nas festas natalinas. Existe muita controvérsia sobre sua origem, porém a mais fidedigna das versões é que o Papai Noel é uma figura estilizada de São Nicolau (bispo de Mira – Turquia, nascido em 270 - séc. III), Santa Clauss.
A MISSA é a cerimônia principal do culto católico.
A ÁRVORE DE NATAL – os pagãos da Europa Central, criam que um espírito livre vivia em cada velho carvalho da floresta. E com a madeira dessas árvores é que era mantida acesa a chama sagrada dos sacerdotes druidas que não tinham templos, reuniam-se nos bosques e veneravam certas plantas. Conta-se que quando São Valfrido (634- 710), monge-saxão, começou a pregar o Cristianismo na Europa Central, encontrando essa crença pagã resolveu cortar um velho carvalho, que existia em frente à sua pequena igreja. Segundo a lenda, nesse momento irrompeu violenta tempestade e um raio cortou o tronco em quatro pedaços, espalhando os galhos do carvalho. Porém, um pinheirinho, novo e verdejante, que existia justamente junto ao local do carvalho abatido, milagrosamente nada sofreu. Por conservar-se sempre verde mesmo nos mais rigorosos invernos, o pinheiro era um símbolo da imortalidade.
Com isso a “Árvore de Natal, representada pelo pinheirinho passou a ser colocada junto ao Presépio como símbolo cristão, pois Jesus é o tronco e nós somos os ramos; Jesus é a Árvore da Vida e dela é que colhemos os frutos da vida eterna”.
Os frutos (representados pelas bolas), são as nossas boas ações e seus variados tamanhos indicam as medidas de nossa generosidade e caridade”.
OS PRESENTES - O costume de dar presentes no Natal é de origem muito remota. Acredita-se que esse costume tenha dado origem ao atual réveillon. Os romanos comemoravam essas festas com copiosas e fartas refeições e aí também encontramos algumas das raízes da Ceia de Natal.
SINOS - A palavra ״ sino ״ deriva do latim SIGNU. Os sinos desde a antiguidade, sempre estiveram presentes como comunicadores de mensagens aos povos. Serviam para concentrar o povo em praças, para alertá-lo em situações de emergência, calamidade, guerra, perigo iminente, orações públicas e ocasiões festivas. Atribui-se sua invenção aos egípcios que anunciavam as festas de Osíris, deus protetor dos mortos. Presume-se que quem introduziu o uso dos sinos no serviço do culto cristão foi Paulino, bispo de NOLA, por volta do ano 100. Os sinos tocam anunciando o nascimento do Menino Jesus!
ESTRELAS – a estrela guiou os Magos até o presépio de Belém, como um sinal de Deus, assim cumprindo as profecias sobre o aparecimento do Messias tão esperado. Daí surgiu a tradição que a estrela luminosa, representada graficamente por quatro pontos e uma cauda de luz, guia os homens até Jesus. Assim, a estrela é a luz, o caminho que orienta os homens para Deus, e sua presença nas festas natalinas é um símbolo de fé, esperança, paz, e harmonia no mundo de Cristo.
A CEIA DE NATAL - A palavra “ceia” vem do latim COENA e significa a última refeição que se toma à noite. A Ceia de Natal recorda a Ceia do Senhor, instituída por Cristo na noite de Quinta-feira Santa. Segundo a tradição, a mesa geralmente é farta, com iguarias raras e no centro dela são colocadas velas e enfeites natalinos.
AS VELAS - simbolizam a luz, a chama viva, iluminando a existência humana e o caminho eliminando as trevas, dando a claridade e o calor.
AS BOLAS - as bolas simbolizam os bons frutos da vida, as boas ações. A variedade no tamanho das bolas indica a dimensão das nossas boas ações.
As cores das bolas também possuem seu significado.
Branco simboliza paz, pureza, tranquilidade e bons sentimentos.
Vermelho representa o sangue derramado por Jesus Cristo para salvação dos homens; simboliza o amor de Deus e também o fogo, que é símbolo do amor.
Verde representa a esperança, a vida eterna, a juventude, a natureza.
Dourado representa majestade, glória, poder. Prateado representa o “céu prateado” de estrelas.
Azul lembra o manto da Virgem Maria. Céu azulado, bonito e resplandecente, transmite alegria, otimismo, quer seja dia, quer seja noite.
CARTÕES E MENSAGENS DE NATAL - O primeiro cartão de “Boas Festas”, surgiu em Londres no ano de 1834, impresso com a seguinte mensagem: “A merry Chistmas and a happy New Year to you” (“Um alegre Natal e um feliz Ano Novo para você”). Dessa época para cá, o hábito de oferecer cartão de Natal e Ano Novo tornou-se cada vez mais generalizado.
Umbelina Marçal Gadelha
5/12/23