É chegado o menino
E veio a mim um menino robusto de bochechas avermelhadas, olhos grandes e vivos.
Ele veio assim do nada, um sorriso em cada canto da boca; ele veio até a mim, os bracos abertos, o coracão nas mãos.
Quando veio o menino, veio sem aviso. O coracão a mim entregou e os bracos abertos a mim se enlacaram.
Sua alegria ele dividiu e cada fracão multiplicou. Ele falou de esperanca, de beleza; de amor.
Minha dor ele retirou, minhas fraquezas em trampolim transformou. Ele veio para falar de Deus, ele veio como curador.
A mim veio o menino, mas a ti também veio e a todos ele viera com seus bracos aberto e seu coracão nas mãos.
Ele veio e fez-se mártir e assim Pôde ele enlacar em seu abraco geracão após geracão. Sua penúria nossa salvacão; sua morte, nossa vida.
Toc-toc; ele bate. É natal; ele nasce. Logo vem ele ressucitado, bracos abertos, coracão nas mãos enlacar-lhe.
Abra a porta sem demora que milagre é o presente. O milagre do amor, o milagre da eternidade.
Bom natal!