PoemaS de Natal (01)
NOTÍCIA DE JORNAL
Faleceu na noite de hoje
o menor NJC, vulgo "Natal",
após cair do 25° andar
de um edifício em construção,
onde se abrigava com outros menores.
Perseguidos pela polícia,
eles escalaram a construção por fora
mas foram denunciados pelo vigia
da obra e moradores vizinhos e
surpreendidos enquanto jantavam
um peru roubado de um supermercado.
Na tentativa de fuga, "Natal" veio a cair,
indo a óbito posteriormente.
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Acrósticos:
N a tal data de vinte e cinco,
A o final de cada ano, o amor
T ambém se renova, com afinco,
A limentando um sonho maior:
L iberdade, uma jóia, um brinco...
Na tal data de vinte e cinco de dezembro
A humanidade comemora, no presente,
Ternas coisas de que me lembro
Assim como o amor crescente
Louvando a comum-união de cada membro...
Na tal de vinte e cinco,
Antes mesmo do ano todo mudar,
Também eu assim mesmo brinco
Ao sabor de um presente singular,
Livre, amando todos com mais afinco.
Na tal data festiva de dezembro,
Antes do mudar anual, mudam as pessoas
Também, pois de tudo que me lembro
Acho haver no mundo coisas boas
Libertando o amor em cada ser membro.
Na tal data de vinte e cinco
A humanidade inteira comemora
Todo mês de dezembro, quase no vinco
Anual, a passagem mundo afora
Liberdade consciente, sem trinco.
Natal
é um menino pobre que de presente
só tem mesmo seu amor pela vida,
ainda que sobrevivência somente
e a felicidade seja apenas uma perdida
ilusão de menino-gente grande...
Morre pelas ruas, abandonado
todos os dias e a dor se expande
mais, sem futuro, presente ou passado.
© Cláudio Carvalho Fernandes 1999-2022.