PAPAI-NOEL TROVANDO DO CÉU
Aqui pela Terra
Terrinha à alguns
Sempre algo emperra
De Norte a Sul.
De leste a oeste...
Do Oiapoque ao Chuí
O ano que passa
Assustou por aqui.
Em meio à festa
Já quase Natal...
Ao povo só resta
Rezar contra o mal.
Tem ser invisível...
Fazendo terror
Ainda tem "os pulítico"
Que aumentam a dor.
Tem gente que manda
Que quer só poder!
Ao povo promete
Sem querer prometer.
Tem um que ganhou
A recente eleição
E a si fez façanha:
Uma baita salariozão!
Mas cortou o busão
Da terceira idade!
Quer só economia
Com toda maldade.
Gente emplumadinha
Bem dona de si...
De fala bonita!
Que promete agir.
Parecem dubles
Do Papai-Noel
Pois quando prometem...
Voam pelo céu!
Uma grande figura
Toda onipotente
Deixou o pedaço
Doendo na gente.
Fechou qualquer festa
Diz ser cuidadoso
Mas bem às ocultas...
Foi ao aeroporto.
O Povo nem pode
Hoje se reunir!
Mas sua majestade
Foi suas férias curtir.
Sequer escolheu...
Fazer o que aconselha
Quando percebeu
Ruiu sua telha.
Escolheu seu destino
Justo no epicentro!
Aonde o vírus
Sequer faz alento!
Mas o ser microscópico
Que não nos dá trégua
Está em todo lugar...
Parece ter régua.
Faz a medição
Do tudo que ocorre
E lá no bastidor
Fez mais um corre-corre!
O bicho pegou...
O povão descobriu!
O alarme gritou:
-O piloto sumiu.
O fim da história
Foi bem surreal
Voltou bem às pressas...
Nunca se viu nada igual.
E na televisão
Ao povo declarou:
-Eu peço desculpas!
O avião se enganou.
Errar é humano...
Tenho que concordar,
Mas é bem desumano
O seu povo enganar.
Eu peço clemência
Ao meu Papai -Noel
Não há dor que aguenta!
Tanto oculto papel.