Natal
Luzes coloridas
Piscando em espiral em torno de árvores
Que os seus frutos saciam a fome da ganância
Daqueles que não sabem de fato o que é ter fome.
Um cachecol luzente que aquece o coração do consumo exacerbado
Que bombeia em suas veias um sangue verde.
Uma árvore que deixa muitos olhos encantados
Principalmente dos que estão do outro lado da janela
Sem ter quase nada essa e outras noites para por na panela
E nem ao menos uma meia furada
Para pendurar nos galhos das arvores da pracinha
a única árvore que possuem.
O papai Noel não poderá visita-los
pois a única chaminé que possuem
São os seus cigarros lisérgicos
Por onde adentram os seus natais
Com árvores, presentes, uma ceia farta,
E uma família feliz dando gargalhadas
Até sair pelas suas chaminés a ultima fumaça
É quando o seus natais dissipam.
Por: Leandro Medeiros Santos