CAMINHO DE AFETO
Anoitecia. Nada era tão deslumbrante que o fenômeno da aurora boreal e dos caminhos que transitam por entre as fronteiras e os continentes. São percursos que não nos apresentam um passaporte impresso, mas nos abrem as suas portas no instante do sono; porém, quando eu for passear pelo mundo de Morfeu, poderei convidá-lo, pois sou anfitriã de meus sonhos e posso simplesmente compartilhá-los com você. Mesmo que eu decida trilhar por novos caminhos, antes de eu seguir, quando existe afeto, este trajeto se solidifica.
Monumentos, igrejas e presentes são bases sólidas que passeiam pela crença e pelo consumismo de cada ser que, sem duvidas, já ouviu falar no caminho dos três reis magos os quais sabiam o caminho da manjedoura que abrigou a representação do amor sublime e a expressão mais terna que revela o olhar de Jesus de Nazaré. Foi ali que nasceu a supremacia do afeto. A cada Natal, o nosso Mestre Maior é relembrado mais fortemente.
Na madrugada do Natal, os sinos já terão sido badalados, os corais já terão ecoado pelas ruas e varandas de centros históricos, observados pelo simbolismo dos pinheiros artificiais e pelo suspiro dos corais que transitam pelos oceanos, com as suas águas cristalinas.
O brilho das cascatas de luzes deságuam pelo topo dos prédios e encantam as famílias reunidas. Os presentes revelam o brilho no olhar de um amigo oculto.
Temas musicais e especiais confraternizam-se em ambientes diversos.
O vento adentra as janelas e permite que a chama da ponta dos castiçais siga em um ritmo ordenado, comparando-se à sincronia de um balé, para que aquele espetáculo promova a união e votos de felicidade e de esperanças.
Mas nenhum daqueles caminhos que atravessam fronteiras podem ser mais deslumbrantes que o caminho dos meus sonhos. Quando acordei, percebi que era manhã de Natal, decidi continuar a caminhar.
E seja qual for o olhar da humanidade, diante do verdadeiro sentido do Natal, devemos sempre seguir e optar por um caminho de afeto.