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A sua imagem sonolenta os primeiros raios alcançaram, espelho derretido a refletir a beleza do cosmos. Lá fora a névoa matutina, talvez. A imagem. Grama, terra fofa, molhada das chuvas noturnas. Os cabelos negros constrastando com teu rosto. Me sinto hipnotizado. Que isso? Frivolidades ou vulgaridades; fui tomado pelo banal. Veio o passarinho engraçado até a janela me observar. Ele, de preto e branco, mascarado. Seu canto não ouvia: abafado pela janela. Ouso, mas não esqueço. O que quero?

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 04/05/2023
Código do texto: T7780241
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