O RAPTO
Ao nascer a criança foi tirada de seus braços e levada para longe. A dor do parto ainda contrai seu coração. Nunca mais teve forças o suficiente para deixar aquele quarto, onde continua a ouvir o choro de seu bebê. Da janela seu olhar mergulha no alvorecer e vagueia silencioso no horizonte. Ergue então uma prece, pedindo ao Altíssimo a proteção para aquela criança, onde quer que esteja e que seu amor seja levado à ela. No fim do dia, quando a luz se apaga para que as estrelas iluminem a escuridão da noite, pranteia sozinha.