Partida...
Desde sempre que me recordo, cada vez que partia, além de me sentir inquieto, “levava a casa atrás”, ou seja tudo quanto podia levar meu para o novo destino, achando que era apenas uma forma de me sentir confortável. O tempo e a idade mostraram-me que essa era antes uma forma de colmatar as minhas fragilidades, que era uma forma de criar uma zona de conforto no desconhecido.
Desde que descobri tal, quando parto, levo comigo apenas o indispensável, porque assim obrigo-me a criar a zona de conforto no desconhecido, e ao enfrentar o desconhecido de mãos vazias, descobri também que me tornei mais forte, e a inquietação de partir foi substituída pelo desejo de ir, sem pensar na hora de regressar…