Arte
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Despiu-se como quem não escondia a alma. Vestiu-se de si mesma... Sentiu-se viva! Já não precisava mais tapar os olhos da escuridão, pois toda vez que subia ao palco podia ser quem quisesse. E era! Eis que as luzes se acendiam!
Enxergou-se um mistério no olhar que, dubiamente, transparecia emoções invisíveis.
Não havia um roteiro: as palavras eram sentidas a cada ato.
De momento a momento o desejo ganhava tempo. Por um instante pensou saciar com um beijo aquela leve euforia que lhe parecia tão peculiar quando ali se encontrava. Bastaria?
Mal começastes a viver (o espetáculo que é) a vida e as cortinas teimam em fechar.
Amor ainda é cedo! O show tem que continuar...
V.I.P.
Nota: Poema a duas mãos.