CALMA ABSOLUTA
'Sem sentido é achar que está tudo bem quando o mundo está de pernas pro ar' assim ele grunhiu para a mulher ao seu lado. Ela permanecia calada. 'Você não tem senso do ridículo em se portar assim??? como uma alienada, como se nada estivesse acontecendo, que tudo vai ficar bem???' Só você mesma para agir dessa forma. - 'Confesso que estou realmente muito surpreso com você, afinal de contas você sempre teve bom senso, sempre foi equilibrada, mas agora, acho que você exagera nessa sua posição de absoluta calma. Isso pra mim tá parecendo mais apatia do que qualquer outra coisa!' - A mulher continua com seu olhar fixo à frente sem nada falar. O homem inquieto, estressado, tentava de todos os modos fazê-la falar alguma coisa, mas não estava com sorte. 'Sabe de uma coisa?' - perguntou ele sem esperança de qualquer resposta - 'desde que você resolveu ganhar a vida sendo estátua-viva nas ruas, ficou muito chato sair com você!' - Dito isto, então, ele saiu gesticulando pela rua, deixando as pessoas ao redor sem entender o que estava acontecendo. E, a mulher continuou impávida em seu ofício.