CHALANA

Foi apenas um sopro de vento, o suficiente para alargar a vista do passageiro assustado ao lado da velhinha que dormitava tranquila. Uma nuvem pesada de chuva se aproximava da frágil embarcação que já começava a balouçar mais nervosamente nas águas do rio fundo e escuro que era o caminho de seus destinos. Que o bom Deus pudesse lhos proteger naquele momento de aflição que por certo ia adentrar por várias horas da noite que chegava ainda pequena mas que já se apressava em correr atrás das últimas pegadas do sol que por enquanto se despedia daquelas bandas até outra vez, quem sabe? Boa viagem, Chalana! Que vá em paz e segura em seu navegar rio adentro.