Matemática do amor

O professor à frente da sala, esforçava-se nas explicações, rabiscava a lousa, engendrava números. Passava exercícios e esperava as respostas dos alunos. Poucos participavam da dinâmica e o mestre parecia irritado.

Me remexia na cadeira incômoda, minhas pernas mal cabiam debaixo da carteira. Não conseguia prestar atenção na aula. Meus pensamentos somavam, subtraiam, multiplicavam e se dividiam com aquela garota nova. Ela era linda. Ficava admirando-a no intervalo, mas não encontrava coragem para me apresentar, dizer um oi. Olhava insistentemente para a janela, ansioso para chegar a hora de vê-la.

Saí dos devaneios quando o Sr. Juca grita meu nome e pede a resposta do exercício.Timidamente percorri o caminho da minha carteira até o quadro negro.

Simoni R de Almeida
Enviado por Simoni R de Almeida em 22/03/2013
Reeditado em 20/09/2013
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