Matemática do amor
O professor à frente da sala, esforçava-se nas explicações, rabiscava a lousa, engendrava números. Passava exercícios e esperava as respostas dos alunos. Poucos participavam da dinâmica e o mestre parecia irritado.
Me remexia na cadeira incômoda, minhas pernas mal cabiam debaixo da carteira. Não conseguia prestar atenção na aula. Meus pensamentos somavam, subtraiam, multiplicavam e se dividiam com aquela garota nova. Ela era linda. Ficava admirando-a no intervalo, mas não encontrava coragem para me apresentar, dizer um oi. Olhava insistentemente para a janela, ansioso para chegar a hora de vê-la.
Saí dos devaneios quando o Sr. Juca grita meu nome e pede a resposta do exercício.Timidamente percorri o caminho da minha carteira até o quadro negro.