Tudo Azul menos para ela

Estava tão ansiosa para ver o homem amado que suava frio - as mãos geladas - e as borboletas no estômago não a deixavam pensar. Preparou- se para aquele encontro como o fato mais marcante de sua vida.

O viu! Que emoção! Sua mente divagou por uns instantes, a visão tornou-se curva e o corpo amolecido. As borboletas subiram pela garganta roubando suas palavras - o suor escorria aos pingos e foi aí que seu coração sonhador parou de bater.

Foi sepultada na quadra 12 do cemitério paz e saudade depois de uma parada cardíaca.

Parafraseando Álvarez de Azevedo: Foi poeta - sonhou e nunca amou na vida.

Anna Azevedo
Enviado por Anna Azevedo em 03/05/2012
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