Na mistura dos tempos segue a vida.
No princípio divino originou-se o tempo.
Então iniciou-se a vida por nós conhecida.
E na soberba do ego escolhemos o contratempo.
E tudo ficou subordinado ao espaço-tempo.
E na corrida pelo ter esquecemo-nos de ser.
Ah! Vida desprovida do amor o caro assento.
E a alma gritava pelo espírito e seu alento.
Então o logos do princípio veio trazer vida,
E vida em abundância, o gracioso provimento.
E como humano ensinou-nos a viver o retempo,
De uma vida que gera vida na graciosidade do amor.
Divina amostra de uma real vida do além-tempo.
(Molivars).