TE SOU MEU AMOR
O tempo viçosa águia que não volta
tem sua presa cativa em sua dor/
Seu pouso outonal no cinza do agora
é o que faz delirar o movimento das flores na primavera/
Encontrei em você algo que já não existiam dentro de mim
as esperançosas raízes do amor... /
Eita essa nossa culpa de não querer amar alguém
Quando cegos de paixão mentimos e nos vendemos por amor
Amamos algo na única verdade de não querermos amar ninguém...
Depois da metade da ponte
Estamos subindo ou estamos descendo
Depende! Só me responde aonde ela de mim se esconde?
Sim sei que já passou-se os anos
Como se já não os passassem
Vejo as fotos como se não passassem os panos...
Meu licor está no fugitivo copo
minhas lembranças passam
Como santo do pau oco que perde o foco
Tenho um amor
Dele não posso me apossar
É como sede que a fonte não pode mitigar
Depois da metade da ponte
Estamos subindo ou estamos descendo
Depende! Só me responde aonde ela de mim se esconde?
Vinde
Me abrace me sente sem acinte
Olha no horizonte com teus olhos de print e me pinte...
Sou teu e me és
Sou tuas pegadas
És os meus pés...