Dualidade

Gostaria de ser teu ombro ...

ser teu servo

me encontrar em teus escombros...!

Será tarde,

à tarde que nos devora

e no sumiço teu, a carne me arde...

suspiro...sinto resfolegar no meu cangote...

sou teu, minha menina...

sou aquilo que deixas em minha glote...

tua semente amacia o solo

tu és o meu consolo...

tua pele é meu colo.

vestida de pólen

sutians me aguardam...

flores desabrochadas gemem...

faz de mim...um serviçal

provo do teu céu

e provas do meu mel.