Ilhado em seus erros

Tudo bem, Carlos. É sério. Não se preocupe. Olha só...

Ele apenas sorri. Um sorriso cansado que não sabe esconder a melancolia.

Eu sei o que vai dizer, Carolina...

Nesse momento um trovão corta sua fala. Um pingo começa a cair seguido de outro e mais outro até a tempestade cair e a luz oscilar. Carlos pega o chapéu, abotoa o paletó e olha para Carolina. Será a última vez?

Eu não vou te perturbar mais, Carolina. Entendi e não quero te constranger.

Ele desceu até o estacionamento e entrou em seu carro.

A chuva caía forte demais. Não podia sair. Também não poderia voltar para o apartamento de Carolina.

Não tinha para onde ir.

Estava ilhado.

Wesley Curumim
Enviado por Wesley Curumim em 19/03/2025
Código do texto: T8289537
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