Ilhado em seus erros
Tudo bem, Carlos. É sério. Não se preocupe. Olha só...
Ele apenas sorri. Um sorriso cansado que não sabe esconder a melancolia.
Eu sei o que vai dizer, Carolina...
Nesse momento um trovão corta sua fala. Um pingo começa a cair seguido de outro e mais outro até a tempestade cair e a luz oscilar. Carlos pega o chapéu, abotoa o paletó e olha para Carolina. Será a última vez?
Eu não vou te perturbar mais, Carolina. Entendi e não quero te constranger.
Ele desceu até o estacionamento e entrou em seu carro.
A chuva caía forte demais. Não podia sair. Também não poderia voltar para o apartamento de Carolina.
Não tinha para onde ir.
Estava ilhado.