DERAM-SE AS COSTAS

DERAM-SE AS COSTAS

Um piano ao fundo, dá o tom suave e triste de um conto de amor que se sublimou. O tesão quedou-se e a tensão ampliou-se.

A morte de sentimentos se fez presente nos olhos, que antes piscavam céleres em sensações e agora nem querem se ver.

Deram-se as costas, cada qual carregando suas decepções e frustrações, arrastando malas, repletas de mágoas conjuntas.

Foi-se a quimera, início de realidade amarga que o tempo poderá ou não aplacar.

Por enquanto, o hoje e o amanhã são sombrios, a lágrima, retrato do momento, nunca imaginado nos velhos tempos.

Um homem, uma mulher, um fim.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 23/11/2024
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