Lascívia
Deitada, completamente nua, rolava na cama.
Ao lado ele dormia depois da noite de amor.
Ela sentia seu corpo arder e queria muito mais…
Sentiu ímpeto de tocar o corpo de homem que tanto desejava.
Conteve-se. De nada adiantaria.
Ele contentava-se com tão pouco… Mas ela o amava.
Pensava que amor não tem nada a ver com sexo…
Era uma mulher moderna, despojada de preconceitos.
Sentindo-se sufocada pelo fogo de seu corpo levantou-se.
Saiu para a sacada. Vendo o garoto na janela do outro lado da rua abriu os braços.
Gostava de provocá-lo. Sabia que o enlouquecia ao mostrar-se nua.
Ao vê-lo se masturbar olhando seu corpo belo e perfeito, pensou:
“Que desperdício! Vem se lambuzar em meu corpo, apagar esse fogo que me consome.”
O marido dormia logo ali…
Não sabia ou não podia lhe dar tudo que queria e merecia… Mas ela o amava.
Ele dizia que ela era ninfomaníaca.
Ela pensava que era apenas uma mulher sedenta de intensidade e cheia de vontades.
E o garoto ali a poucos metros de seus braços se contentando em olhar.
O marido precisou viajar a trabalho.
Nua em pelo na sacada ela acenou para o garoto.
Ele veio…
Enroscados se tocaram, se lambuzaram e se deram o quanto quiseram.
Vontades incontroláveis, puro prazer.
Ele se foi…
Deitada, completamente nua, sorriso nos lábios, se sentia saciada.
Sozinha em sua cama teve a certeza que amor não tem nada a ver com sexo.
Não era ninfomaníaca, apenas queria muito mais do que lhe era dado.
Seu marido se contentava com tão pouco… Mas ela o amava.
E bem ao seu alcance estava o cara que sabia saciá-la…
Com um sorriso nos lábios adormeceu feliz…