Caramelo Sem Casa
A lição da vida, não está limitada somente aos ser racional, definida pelo supremo, em técnicas aplicadas e estudadas.
Vem de longe, mas observada, nos dias de hoje, da perspicácia animal, pela cultura em aprendizado, para estar no meio.
Têm os que seguem fielmente o destino, no caso o cão domesticado, no seu modo carinhoso e cuidadoso, tendo por zelo ao seu dono, condicionado.
Mas o inverso é recíproco, e quando sai da linha da raça, vida torta, sem as regras no trato, tem o prazer exagerado, de praticar o mote do seu manual.
Ocorria na vila, vindo de um desmiolado caramelo, desvirtuado da fama, conhecido barbaridade, das escolhas erradas, sem ater-se com seus modos e medidas.
Bicicletas, carros, motos, pessoas desavisadas, parceiros, aves, passarinhos, vítimas dos avanços, dos rosnados, dentes cerrados, das suas cartadas.
Mas para tudo tem um fim certo, e lá ele, perfeito dia, determinado e tranquilo, convicto que mais um distraído, sairia do local, desenxabido do imprevisto enleio.
Não imaginava que em pouco tempo, a hora da aula viria, bem simples de tomar nota, algo inesperado de grande valia, e de contenção daquele talento deslocado.
O carro veio, velocidade amena, ao mesmo compasso o caramelo na robusta investida, abertura na janela, um latido grave, feroz, vieram de dentro, um susto e a paga, fugindo até a cor, e um grito escomunal.
Som dos ganidos espalhando-se ao longe, curto espaço do tempo, mas de solução e sossego, pois até onde se sabe, não mais se viu, nem mais se ouviu queixas, às práticas costumeiras, daquelas atitudes descabidas.
OBS. O Caramelo, segundo uma pesquisa nacional, é a cor do cão brasileiro.
Em qualquer lugar, facilmente encontramos um deles perambulando por entre os caminhos que cruzamos, não
necessariamente abandonados.
Estatística de visibilidade na maiorias dos locais, mas não em quantidade.