Picada de Cobra
Daquela árvore o que se via, também, um cipó escuro...
Por nada assinalava do começo, por nada do fim...
Gosto de menino, sem medidas no alcance do perigo,
Até abraçá-la, por querer se aconchegar no topo...
Não tempo da conquista, mas do ganho na picada...
A Morte por um fio, sem a indicação do seu sim...
Quando chega o momento, nunca se sabe o destino...
A comunidade, num laço firma e forte, entrelaçada;
A Esperança, a Fé, a Oração, a Família vestindo escudo,
Até a volta, por longas estradas, e o Milagre do Soro.
Bonita Interação do Poeta: Joaquim Veríssimo Ferreira Filho.
Na selva não há uma cobra mansa.
Se a bravura é do letal veneno,
Só a quem uma picada alcança,
Sabe a dor da ânsia que está sofrendo.
Cuidados não são de sobra,
Precaução não é segredo.
É bom evitar manobra,
Passando em pé de rochedo.
Quem foi picado por cobra,
Até de cipó tem medo.