Serenata #M#
Noite clara, lua cheia, lua bela.
Ele trazia nas mãos um violão e três rosas roubadas em um jardim.
Bem próximo à janela dela fazia serenata.
Cantava as mais lindas e românticas canções.
Seu coração transbordava amor e carinho.
Ela acordava.
Coração pulava no peito.
Mas seu orgulho, recato e insegurança a impediam abrir a janela e acenar.
Nunca demonstrou que seu coração também estava cheio de amor.
Ele ia embora decepcionado.
E sempre se decepcionava pois ela não lhe dava oportunidade de se aproximar.
Era tudo o que mais queria. Aproximar e declarar seu amor.
Ela demonstrava indiferença. Seu coração queria se abrir.
Ele foi cantar em outra janela.
Ela chorou.
Mas não se abriu ao amor.
Passou o tempo.
Ele ainda se lembrava das noites em que cantou pra ela.
As noites nunca mais foram tão claras e belas.
Seu coração ainda pulava quando ela passava.
Tanto tempo passado.
Ela, em sua solidão, abria o seu livro preferido.
Várias rosas, murchas e secas, como se tornou sua vida.
Que doces lembranças lhe traziam
Que saudade.
Que vontade de começar de novo e fazer tudo diferente…