A JANELA

E o vento soprava, pela janela entrava, deixava a leve e transparente cortina esvoaçante.

A caboclinha, debruçada na janela, continuava na espera e nada d'ele chegar.

O Sol se foi, e veio a noite com ela milhões de pequenos pontos cintilantes o céu a enfeitar

A caboclinha continuava a esperar.

Depois surgiu a Lua, seu clarão todo maneiro, tocou aquele rosto faceiro onde havia duas lágrimas a rolar.

Ela sem mais espera, fechou aquela janela e tristonha foi deitar.

A noite, a Lua ,as estrelas ficaram lá fora.

Ela sozinha agora com seu sonho foi sonhar.

Amanhã seria outro dia ,seu coração já sabia qu'ele não iria voltar.

E a noite naquela mesma janela, ela iria se postar.

Se veria em nova noite, as estrelas e Lua chegar ...

E com elas, outras lágrimas a rolar.