O noivado.
Subia a fumaça do cigarro de palha, Juário, muito em si, observava através da janela. Dentro do quarto era penumbra, sombreadas todas as coisas — o sol não alcançava aquele pedaço. Juário sequer sentia o calor de lá fora, do chão esverdeado forte, subindo aos montinhos, muito longe. Tinha uma lagoa, pequenina, por lá, do azul diamantino. E mais: que havia palmeiras. Duas nas lonjuras, mas uma ele manteve em pé perto de sua casa. Onde estava? No quarto dos mantimentos. Era onde gostava de ficar pra espraicer: sentava-se na cadeirinha azul do céu e tomava de encarar todas as coisas; aquilo era quase um antiquário. Os objetos todos seus, se muito outrora, muitas histórias. Naquilo, ele remendava as ideias, lembrando do passado. Depois dessas meditações, caso não resolvesse, virava pra paisagem, e ficava horas. De vez em quando, como agora, acendia, depois de muito tempo passado, um cigarrinho e saía quando a brasa consumia tudo. As preocupações. Foi lá para arrumar ideia, cogitar, tramar. Porém, mais tempo passou em nada pensando. Quando deu-se por si, viu o séquito chegando: quinze homens, todos com boa montaria. Ao lado do seu alazão, o qual era montado pela filha, viu o dito...