Helena.
Helena parece absorta, preocupada. Sobre a mesa: a porcelana alva ornada de uma solitária mancha doirada, cujo chá já não mais liberta seu espírito pelo ar. Do outro lado, outra Helena, mais velha, gorducha, pobre, dispara mil assuntos da mais altíssima vulgaridade - talvez para impressionar a moça madame com sua capacidade de eloquência, mas ela, agora, entristece a face, mirando a porta. Não percebe. Os belos seios se encerram no decote enlaçado, também bela fita lilás enfeitam os cabelos castanhos ondulados; o brinco? pérolas; um meio casaco de listras verticais caem pouco após os ombros, e as mangas grandes revelam os belos dedos pousados na perna direita, acima da outra, coberta por calça-saia de macio tecido. Toda iluminação parece pairar ao seu rosto limpo, de grega escultura. A voz longínqua da companheira não faz diferença. É só ela e sua esperança agonizante.