Pesadelo

Catarina acorda no meio da noite suada, cansada com aquele sonho outra vez, ele é muito real como se tivesse acontecendo, como se vivesse outra vida. Já não sabe mais o que fazer, anda com medo de dormir. Basta fechar os olhos, começar a cochilar, para o pesadelo iniciar. Isso tem mexido com o seu emocional, afetando até no trabalho. Nesta segunda pensa, assim, que terminar o expediente, sairei para um happy hour com uns amigos, para passar uns momentos agradáveis e feliz ao lado deles, esquecer tudo que vivo em sonhos nestes últimos dias. Assim fez!

Ao sair do bar onde passara momentos agradáveis, caminhar até seu carro, passou por aquele beco que a deixou arrepiada quando chegou. Agora, quando estava no meio da entrada do beco para chegar até seu carro, algo a puxa para dentro dele, foi quando viveu os piores horrores de sua vida. Uma voz gutural foi logo dizendo,

- Você é minha me foi dada ainda no ventre de sua mãe, seus pais, queria riquezas, dei. Ao morrem, acabei com ela, mas o pacto ainda está valendo, vim buscar o que é meu por direito.

Catarina luta, grita, mas não adianta, ninguém escuta, parece que entrada do beco havia sido fechada. Na luta por sua vida, sente uma língua de fogo passando por seu rosto, sente nojo, asco daquilo. Chuta, morde, dá cabeçada, mas aquela coisa não à solta. Quanto mais luta, mais presa fica. Sente-se exalta, então se deixa levar, ficando quieta e aceitando seu destino. Sentiu que a coisa estava liberando a pressão em seu corpo por sentir-se seguro, julgando que já ganharam, ao sentir-se livre, sai correndo rumo a saída do beco.

Senti uma força descomunal em suas pernas, como se alguém a estivesse ajudando, ao chegar na saída do beco encontra uma espada flutuando, ouve uma voz dizendo,

-Pegue a espada e espere.

Assim fez, quando a coisa chegou correndo, levanta a espada acertando a garganta do mesmo, ouve o baque de um corpo caindo. Vai embora sem olhar para trás. No outro dia escuta os colegas de trabalho comentando que a polícia havia encontrando um corpo com a cabeça ao lado toda desfigurada, como se tivesse tido uma luta terrível, na esquina de um bar.

Lê a notícia sabe agora que está livre, porque naquela noite ao chegar em casa tomou um banho para tirar todo mau cheiro e podridão que estava em seu corpo, deita, dormi um sono tranquilo como a meses não tinha. Só não entendeu o rosto da coisa estar desfigurado enquanto em seu corpo não havia nenhum sinal da luta, não sabe dizer se aquilo foi real ou se foi novamente outro pesadelo antes de se libertar para sempre. Como sabe que nunca descobrirá, muito menos a polícia, tudo que tem certeza é de estar livre. Esse é um mistério que ela não quer desvendar porque sofreu enquanto aquilo durou.

Lucimar Alves

Lucimar Alves
Enviado por Lucimar Alves em 09/02/2023
Reeditado em 04/04/2023
Código do texto: T7715307
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