Caravelas, Griots &...
O excesso de tecnologia havia colapsado a vida, o mundo. As relações humanas estavam fragilizadas, a comunicação se fazia hostil. Foi preciso retroceder aos tempos das primeiras descobertas e invenções, ao que a natureza fornecia, como o vento, por exemplo, para tentar recuperá-las. Por isso as caravelas eram usadas novamente. Eram o símbolo escolhido para singrar mares levando um precioso bem, havia muito esquecido: o amor. E era tempo de festa quando se aproximava a época dessas embarcações aportarem em terras nas quais nunca tinha-se vivenciado o sentimento amar.
As cidades litorâneas se preparavam para o grande evento unindo crianças, jovens, adultos e anciãos – estes últimos, os únicos que traziam lembranças de como eram os corações dos povos e que, como griots, tratavam de contar dos encantos do amor compartilhado por todos, aprendidos dos seus ancestrais, em rodas de conversas às vésperas da visita.
Pessoas de diversos cantos migravam para essas cidades quando as suas não estavam à beira mar. Ansiavam por conhecer o tão famoso sentimento. Praças e ruas eram decoradas, quem nunca havia se falado trocava longas e alegres conversas. Abraços eram distribuídos, música e arte se espalhavam por todos os lados, filhos e pais confraternizavam, disputas eram esquecidas, e até o ódio, nunca abandonado, desaparecia, como mágica. A Caravela do Amor estava chegando! E todos iriam aprender a amar.
A grande surpresa ficava exatamente na chegada da embarcação. Não havia nada específico para ser ensinado. E na verdade, ninguém se preocupava mais com o que pudesse ser. A felicidade reinante era tão grande que já podiam pressentir o que era o tal sentimento.
Não. Não havia nenhuma fórmula mágica ou receita para o Amor. Sempre estivera no coração de todos. Era só abri-los, como as içadas velas das caravelas, para que suas asas alçassem voo mundo afora...
As cidades litorâneas se preparavam para o grande evento unindo crianças, jovens, adultos e anciãos – estes últimos, os únicos que traziam lembranças de como eram os corações dos povos e que, como griots, tratavam de contar dos encantos do amor compartilhado por todos, aprendidos dos seus ancestrais, em rodas de conversas às vésperas da visita.
Pessoas de diversos cantos migravam para essas cidades quando as suas não estavam à beira mar. Ansiavam por conhecer o tão famoso sentimento. Praças e ruas eram decoradas, quem nunca havia se falado trocava longas e alegres conversas. Abraços eram distribuídos, música e arte se espalhavam por todos os lados, filhos e pais confraternizavam, disputas eram esquecidas, e até o ódio, nunca abandonado, desaparecia, como mágica. A Caravela do Amor estava chegando! E todos iriam aprender a amar.
A grande surpresa ficava exatamente na chegada da embarcação. Não havia nada específico para ser ensinado. E na verdade, ninguém se preocupava mais com o que pudesse ser. A felicidade reinante era tão grande que já podiam pressentir o que era o tal sentimento.
Não. Não havia nenhuma fórmula mágica ou receita para o Amor. Sempre estivera no coração de todos. Era só abri-los, como as içadas velas das caravelas, para que suas asas alçassem voo mundo afora...
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(Porque de Amor, andamos todos precisados!)
Arte: Pintura Digital by Daniel Eskridge