Rosa Rubra
Rosa rubra, bela, incandescente.
Rosa Maria, mulher ardente, mulher carente.
Rosa em suas noites solitárias sonhava com seu amor e se amava sozinha.
“Onde está o meu amor?” pensava.
Rosa passional, se apaixonava facilmente.
Se entregava, se doava, se decepcionava e chorava, se desesperava, se matava.
E renascia.
Rosa rubra, ardente, carente.
Rosa exuberante, mulher inteira, faceira, sensual.
E onde estava seu amor que tardava tanto?
Rosa Maria, mulher madura, inteligente, competente.
Mas sempre olhava na direção errada.
E se apaixonava e sorria. E abandonada sofria, morria…
Despretensiosamente lá estava ela, olhar triste. Depois de mais uma desilusão, nem procurava mais o seu amor.
Olhou pro lado e lá estava ele olhando pra ela com olhos de cobiça, de encanto.
Ela desviou o olhar.
Não, não podia ser ele o seu amor. Não era forte, nem tinha uma beleza estonteante, não era ousado. Aquele homem de olhar tímido e atrapalhando não podia ser o seu amor. Não era o que sempre sonhou.
Mas ao olhar novamente e ver seu olhar tímido, seu sorriso titubeante, seus gestos atrapalhados ela se encantou.
“Será ele o meu amor?” pensou ela.
“Será que o destino me armou esta falseta? Será que me trouxe um homem tipo que nunca sonhei?”
E de repente se viu envolvida.
De repente lá estava ele, homem tímido, atrapalhado, desajeitado. Não era sarado, musculoso, era só um homem.
Por que ela estava encantada se não fazia seu tipo?
Ele falava de coisas que ela não conhecia, cativava com sua sinceridade e delicadeza adorável ao tratar uma mulher.
Ele era envolvente, inteligente, carente, ardente.
Rosa Maria, rubra, exuberante descobriu que o seu tipo é um homem que respeita, ama, fascina, manda flores, tem pegada, sabe satisfazer e fazer uma mulher se apaixonar.
E lá se foi Rosa rubra ser feliz ao lado do seu amor que finalmente a encontrou.