Sedução
Era mulher moderna, livre, independente, profissional competente.
Mas quando o assunto era amores e relacionamentos se sentia insatisfeita.
Nunca aceitou menos que um amor pleno.
Já aproximava dos quarenta e ainda não encontrara aquele que faria festa no coração.
Casamento não interessava, o que queria é se sentir inteira nos braços de um homem.
Borbulhante que era não suportava o morno, o insosso. Só quente e temperado.
Completa que era não sabia ser feliz pela metade. É oito ou oitocentos, oitenta nunca lhe serviu.
Ela estava distraída com os amigos na comemoração. Quando olhou pro lado deparou com um olhar que a fez se sentir nua. Era uma mulher segura e senhora de si, mas naquele momento se sentiu tremer.
Quando voltou a olhar ele continuava olhando fixamente e sorriu. Ela se sentiu derreter e sorriu de volta o seu melhor e mais autêntico sorriso.
Pouco tempo depois estavam conversando animadamente. E o olhar dele continuava a encantá-la. Sentia que aquele olhar tinha uma sinceridade que a deixava confortável.
Foram se conhecendo e o amor, a paixão plena finalmente chegou pra ela.
Ela não queria explicação. Queria paixão, vida, êxtase, sedução.
Louca que era, se entregou àquele amor sem reservas e sem medidas pois o amor que se mede não é amor por inteiro e não satisfaz a alma sedenta de amar.
Quando seu olhar a desnudou e devorou, seu corpo sem pudor se exibiu e se entregou.
Quando suas mãos tocaram seu corpo, ela estremeceu e se ofereceu.
Quando sua boca tocou a dela, o mel do desejo escorreu e os envolveu.
Quando seu corpo se amoldou ao dela, se encaixaram com perfeição.
Quando a magia da sedução os envolveu, tornaram-se um buscando se agradar.
Quando gemeram de prazer e êxtase, era perfeito balanço e sintonia.
Quando ofereceu os braços macios por travesseiro, seu corpo repousou colado ao dele.
E a sedução recomeça a cada dia. Sem compromisso. Sem cobrança. Sem amanhã.
Eterno enquanto durar.
Pleno enquanto houver amor.
Intenso enquanto houver paixão…