Sem mais questionamentos, caso encerrado.
Chegou ao hospital infartado, porém não fez alardes.
Na recepção disseram estar adiantado.
Ainda assim, fizeram perguntas estranhas.
Por exemplo, “quanto medem seus sapatos?”
Respondeu sem manifestar questionamentos.
Após testes de raciocínio, vistas, coordenação, entre outros... Assinou, apressadamente, documentos aos montes.
Lhe entregaram aquele único papel escrito 102.
— Sua senha. Alguma dúvida?
— Nenhuma. — mentiu.
Esperou longas horas.
Dormiu exausto, sentado onde estava.
Meia-noite acordou intrigado, sozinho.
Fracassou quando tentara abrir a porta com vários botões.
Esmurrou-a até esfolar os punhos, mas ninguém ouvi-lo-ia.
Envolvido em dúvidas, suor e pranto, seu coração fraco rompeu.
Encontraram-no morto pela manhã.
À perícia, relataram o equívoco: fora cadastrado como zelador, inclusive, recebera um código eletrônico para sair.