Eu e meus travesseiros
Apago as luzes da sala, contudo as luzes das estrelas não se apagam e danam-se a tagarelar fofocas rotineiras.
Lá fora um cão late, um andarilho tropeça em seus passos embriagados e xinga a mãe de alguém. Um vizinho mal-humorado diz desaforos, em troca, numa tentativa de apagar os desaforos outros. E outras vozes revidam com gritos insanos.
De repente cai o silêncio das madrugadas, tão preciosas, chamando a atenção do bom-senso.
Rapidamente, não retenho meus bocejos que brotam dessa calmaria toda e enrolo meus sonhos nos travesseiros amigos.