Brinco

Naquela noite chuvosa, fria e despretensiosa, guarda-chuvas foram descartados de aquecer seus corpos delgados naquele vento que os unia cada vez mais. Feito fogo, a alegria que estampava seus corações, fê-los dançar por todo salão, como se não houvesse dia, nem noite com hora marcada para o baile acabar. Entre o barulho do silêncio da madrugada e do carro, a despedida calorosa foi em frente ao portão. No dia seguinte, aquele brinco singular que não se perdeu na noite anterior, fizera-lhe lembrar que noites passageiras acabam em duo, cada uma de um lado.