Uma noite não comum
Era uma vez uma noite não comum e uma jovem nada convencional.
Assim, Débora levantou altas horas e sonâmbula como era, sem sapatos e agasalhos saiu para conversar com as corujas da rua.
Por acaso, Bruno que tinha o mesmo problema: naquele mesmo instante se encontrava na mesma calçada, olhando os peixes do jardim da casa vizinha.
Nisso, uma estrela despencou do céu à frente dos dois, que se esqueceram das corujas e peixes e só viam o brilho dos olhos, um do outro, no seu próprio brilho.
A partir dessa madrugada, a Rua Encantada ganhou mais um par de pombinhos a tagarelar noites adentro.