Depois que a cigana saiu, Juan bebia sem parar. Brigitte, filha do dono da taberna, tentou convencê-lo a voltar ao navio, mas ele não quis. E num tom áspero, disparou:

 

—  Fique aí. E me escute.

 

A máscara rude de Juan escondia sua vulnerabilidade: era a segunda vez que ele encontrara alguém que fizera seu corpo e alma estremecerem. E de repente essas mulheres desapareciam de sua vida. Num gesto brusco, Juan socou a mesa amaldiçoando seu destino. E então virou-se para Brigitte:

 

— Você vai ficar aí calada?

 

O que ela poderia dizer? Seu mundo se limitava àquela velha taberna. Apesar de ter visto tantas coisas ali, a vida permanecia um mistério. No entanto, Juan a fascinava. E Brigitte arriscou:

 

— O destino é mais feroz com leões como o senhor. Deve ser um duelo de forças. Lute.

 

Por um momento, ela teve a impressão de que o pirata sorrira com os olhos. E então Juan disse:

 

— Se você é coisa do destino, não vou reclamar desta vez.

 

(*) IMAGEM: PIRATAS DO CARIBE

 

JOHNNY DEEP E PENÉLOPE CRUZ 

 

INSTAGRAM: @dolcevitacontos 

Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 12/04/2022
Código do texto: T7493504
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.