O caminho para a tranquilidade
Caminho tranquilamente complicado, questões - quase traumáticas - fisiológicas: era atravessar, entrar, sair, atravessar, entrar, sair, voltar. Na primeira ocasião surgiu uma oportunidade um pouco diversificada, mas a cor da tarde e do que parecia ser mais diferente venceu; naturalmente: mais fascinante. Ignorando o restante do trajetortura, porque aqui o foco é o bem-estar, chegou ao lar dele. Caixinha dourada, envelopada de cristal, com preciosidade tão ou mais valiosa dentro. Sei que era coisa muito bonita de se ver, porém não veria, apenas sentiria. E abriu, viu: dias contados. Fervor, avidez ígnea, chegou a hora, com o mesmo ar de oportunidade, e não desperdiçou, mais uma vez. Espíritos irrequietos liquefeitos, a hora derradeira. Tingia-se da cor da terra, pois vinha da terra, como tudo que é certo para os viventes dela. No fim, tomou cor de olho de amada ou amado desses da própria terra que nascera, gente parecida, pelo menos nesse aspecto. Mais uma vez aguardou. Paciência! temos de ter, se quisermos saborear o que ela oferece de alimento como recompensa pela espera, aguarda, a alma e o corpo, e recebe a comida de mãe cuidadosa e rígida. Daí descem as flores, tocando como quem faz carinho, um sol cercado de anjos, sim. Clareia a escuridão interna, pacifica a guerra. Vai-se o sol, vem a noite bem guardada, para dormir em paz.