Uma esperança
Chovia intensamente no jardim de casa, as janelas do quarto abertas, eu nu. Nu de quaisquer sentimentos, preso em minhas entranhas e com o pensamento vazio. Uma esperança entrou e pousou em meu ombro. Era claro que aquilo era um sinal e que minha esperança precisava ser renovada.
O céu mudando de tom, os pássaros dançando, o arco-íris, a esperança e eu.
Eu, que tiveram perdido as esperanças, tive a esperança pousada em meus ombros. E tudo se confundia na esperança de que as coisas começassem a se ajustar. A esperança de ter esperança.
Não de esperar, mas de esperançar. Esperançar por dias melhores. Há, ainda, uma esperança pousada em meu ombro.