Uma esperança

Chovia intensamente no jardim de casa, as janelas do quarto abertas, eu nu. Nu de quaisquer sentimentos, preso em minhas entranhas e com o pensamento vazio. Uma esperança entrou e pousou em meu ombro. Era claro que aquilo era um sinal e que minha esperança precisava ser renovada.

O céu mudando de tom, os pássaros dançando, o arco-íris, a esperança e eu.

Eu, que tiveram perdido as esperanças, tive a esperança pousada em meus ombros. E tudo se confundia na esperança de que as coisas começassem a se ajustar. A esperança de ter esperança.

Não de esperar, mas de esperançar. Esperançar por dias melhores. Há, ainda, uma esperança pousada em meu ombro.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 08/12/2021
Reeditado em 08/12/2021
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