THE END
THE END
Céu infinitamente azul, não há rasto qualquer de nuvens, o pensamento voa, buscando entre quatro paredes rachadas, lembranças de chuvas. Na pele ressecada surgem escamas, antes fossem de peixes, mas na verdade, sofrem de esterilidade. Fora da proteção da sombra do tosco telhado, a poeira vermelha entranha-se por tudo, o cenário de terra arrasada amarga a vida.
Não chora, a secura também está nos olhos, cerra-os e espera lentamente incorporar-se ao pó dominante, afinal o planeta não é mais água, fez-se estéril, pelas ações insanas da espécie sapiens em extinção, a perder de vista.