E NUMA RÉSTIA DE POESIA ...
Naquela noite
sozinha
mesmo que quisesse
ela não ria
Pensava
nos seus sonhos
nas suas fantasias
de menina moça
Foi-se o tempo do riso fácil
Foi-se o tempo da leveza
Lembrava-se
do calor do abraço
do cheiro do beijo
do fogo no olhar
remotamente
Para onde foram
os amores
Tudo tinha que ser
sublimado
Engoliu o choro
pegou o velho caderno
e numa réstia de poesia
começou a rabiscar
poemas
Eram tantos ... Tantos... Tantos ...
Só assim poderia
suportar ...