A Alipotência

A Alipotência adejava sobre a Cidade. Ela não tinha o rosto de um homem, portanto não tinha veleidade. Não tinha uma cor, nem várias cores. Não tinha uma ideia, nem o conjunto de ideias, nenhuma ideologia. Apenas era uma alipotência. Ela adejou também sobre o País. Também sobre o Planeta. Ela não era um homem, portanto... Mas o que ela era, isso sim, ela era um desejo, uma aspiração, um anelo, enfim, um bem-vindo desiderato.

MENSAGEM: A esperança coletiva, mais do que a esperança, as boas aspirações coletivas. Por isso que a esperança não está num homem, que pode ser inconstante, nem nas cores de uma bandeira, nem nas ideologias fugazes. Mas sim no todo. Quando o todo estiver imbuído de salutares aspirações aí sim o bem maior se fará presente, adejando por sobre tudo.