Chega a noite...
Já faz um tempo que não vem, resta pegar o livro e continuar a leitura, esquecendo de mais um dia de tristeza e ansiar por um seguinte de alegria. Lê tanto, mas chega um momento que se cansa - não fora prazerosa leitura após a decepção, mente nebulada de tetrismo. Nesse momento nada mais absorve.
Fecha o livro, tendo a certeza que não desperdiçaria aquele tesouro com leituras vãs. Empurra o livro pesado para outro lado da escrivaninha e apaga a vela. Queria apenas o lume e a visão oferecida pela janela.
Noite.
Fim de um ciclo, prelúdio de outro.
Recomeça a espera pela chegada.
A esperança fora renovada.