Tabuleiro
Ao receber o convite de casamento de quem dizia ser sua melhor amiga. Pâmela desejou vê-la morta. Mesmo sabendo o quanto amava Antônio, Morgana não teve escrúpulo deu em cima dele. Ela conhecia todos os seus segredos, medos, timidez agiu de certeza forma como se tivesse jogando um jogado de xadrez, onde sozinha movia as peças a seu bel-prazer, o tabuleiro estava ali exposto sobre a mesa. A amiga pensou que somente ela sabia jogar, esqueceu que mesmo sabendo tudo, ela aprendia rápido. Foi o que fez, aprendeu a jogar o jogo da amiga. Se ela achou com aquele convite, estava dando o tiro derradeiro, acabaria com ela, estava enganada, iria ao casamento. No dia e data marcada, estava lá, sentada na igreja esperando, viu quando o homem amando entrou vestindo um terno que o tornava ainda mais belo olhou para ele com aquele olhar enamorado, notou que ele também a olhou de forma amorosa. Quando a noiva entrou de braços dado com o pai, vendo-a, deu um sorriso triunfante que queira dizer venci, sei como jogar como manipular. Ao chegar à metade da nave, ela cai, um filete de sangue começam a escorrer pelo seu vestido de noiva, tingindo de vermelho, todos ficam assustados, ninguém viu de onde o tiro veio. Pâmela chega perto, abaixa ao lado da amiga, sussurra em seu ouvido, ” aprendi a jogar, tive a melhor professora do mundo, perdeu grande amiga”. Levanta vai para o lado do noivo, consolá-lo é preciso, enquanto a grande e querida amiga dá o último suspiro observando a cena de carinho dela com aquele que pensou que havia manipulado. Ao vê-la morta, sai da igreja sorrindo, sabia que o matador de aluguel fora embora. Seu caminho agora estava livre para conquistar o homem que sempre amara. Não iria deixar a timidez atrapalhar desta vez. O tabuleiro agora estava sobre seu controle e posse.
Lucimar Alves