MORRER para VIVER
Já era tarde, a lua flutuava dançante no escuro do céu. O canoeiro não queria voltar, mais valia ficar na lagoa vendo o céu e as estrelas refletindo na água. Podia tocar o céu. Naquele portal, se sentia uma própria estrela vagando por aí. Em tantos e tantos anos de vida... A sensação de alegria só surgia mesmo nesses momentos. Nunca diminuiu. A labuta diária propiciou isso. Morto mesmo estando vivo. Sabia o perigo de sair sozinho, mas conseguia resistir só para sentir um pouco do que dificilmente sentiu desde que surgiu.
Ah, aquela noite...
Finalmente estava vivo, mesmo que tenha morrido...
Uma estrela acendeu ao céu.