MORRER para VIVER

Já era tarde, a lua flutuava dançante no escuro do céu. O canoeiro não queria voltar, mais valia ficar na lagoa vendo o céu e as estrelas refletindo na água. Podia tocar o céu. Naquele portal, se sentia uma própria estrela vagando por aí. Em tantos e tantos anos de vida... A sensação de alegria só surgia mesmo nesses momentos. Nunca diminuiu. A labuta diária propiciou isso. Morto mesmo estando vivo. Sabia o perigo de sair sozinho, mas conseguia resistir só para sentir um pouco do que dificilmente sentiu desde que surgiu.

Ah, aquela noite...

Finalmente estava vivo, mesmo que tenha morrido...

Uma estrela acendeu ao céu.

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 27/02/2021
Código do texto: T7194674
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.